Este ano, a Frente MarFunchal deu um lucro de mais de 300 mil euros, superando o contabilizado no ano passado, que foi de 100 mil euros.
Isso mesmo avançou Cristina Pedra, presidente da Câmara Municipal do Funchal, à margem da reunião desta manhã, tendo-se congratulado com os resultados obtidos, uma vez que, aquando da tomada de posse do atual executivo em 2021, esta empresa se encontrava em situação “de insolvência, com ordenados em atraso e sem pagar a Segurança Social”, obrigando à transferência de um milhão de euros por ano da parte da autarquia.
“Com uma nova administração e uma reorganização profunda da empresa municipal, este executivo conseguiu segurar e manter todos os postos de trabalho, alterar e investir nas equipes de fiscalização dos parcómetros e racionalizar todas as despesas que não se justificavam, nomeadamente funcionários que eram pagos e que nem apareciam”, atirou, garantindo que hoje todos os pagamentos são feitos “a horas” e é uma empresa saudável.
Mais disse que esta reorganização já permitiu fazer investimento nos diversos complexos balneares, nomeadamente a realização de obras e aquisição de equipamentos.
Da reunião camarária, a autarca mais destacou a atribuição de apoios a quatro entidades sociais, na ordem dos 25 mil euros. Aprovados foram também 13 processos no âmbito do subsídio municipal de arrendamento, num total de 7 mil euros, e 11 estágios profissionais para diversas áreas da edilidade.
Polícia Municipal só com agentes formados
Cristina Pedra revelou ainda que o Funchal Sempre à Frente votou contra a proposta da Coligação Confiança para a criação de um regulamento da polícia municipal.
“Somos frontalmente contra a polícia municipal que a Confiança sempre apresentou. Não queremos e não aceitamos funcionários administrativos a passarem por polícias, a terem porte de arma e a poderem usá-la. Queremos uma polícia municipal apenas se a Assembleia da República alterar a legislação no sentido de consagrar à Câmara Municipal do Funchal e da Ponta Delgada, um estatuto da Polícia Municipal próprio, como há para Lisboa e para o Porto”, esclareceu, relevando que esta força seria somente constituída por agentes policiais formados na respetiva escola, em comissão de serviço entre três e nove anos.
Denotou ainda ser necessário acautelar junto do parlamento nacional a questão da transferência para a edilidade das receitas arrecadadas com as contraordenações identificadas.
Sobre as agressões que se têm multiplicado no concelho, a presidente da autarquia apressou-se a enaltecer relatórios que apontam para o crescimento da criminalidade grave em todo o país, à exceção do Funchal, que registou uma diminuição de 5,1%. Por isso, recusa que a cidade não seja segura, mas garante estarem a ser tomadas medidas preventivas.
Já questionada acerca da proposta da Confiança para a alocação das verbas da taxa turística na construção de um jardim público na Praia Formosa, a edil diz que irá analisar o projeto. “Não teremos problema nenhum em aprovar boas propostas”, atestou, ressalvando, no entanto, que a referida receita será destinada a várias valências, nomeadamente para aliviar a sobrecarga das despesas decorrentes das exigências turísticas e que tem obrigado a um reforço das equipas de limpeza e de vigilância.
“Este executivo tem sido o que tem reembolsado mais dinheiro aos funchalenses”, frisou, justificando que estas despesas extra não podem pesar sobre os munícipes, devendo antes ser custeadas por quem utiliza os serviços - os turistas.