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JPP considera que “os madeirenses têm vergonha deste governo corrupto”

Data de publicação
15 Novembro 2024
12:28

O secretário-geral do Juntos Pelo Povo (JPP) considera “digno de ombrear com o regime de partido único da Coreia do Norte” o que se passou esta semana na Assembleia Legislativa Regional (ALRAM) com o adiamento da Moção de Censura ao Governo de Miguel Albuquerque pelo PSD/CDS e a “mãozinha” do PS.

“Este governo está em fim de linha, está moribundo, e para se salvar deita mão a tudo o que pode, é capaz de violar todas as normas, de cometer as maiores ilegalidades, com a ajuda do CDS e do presidente da Assembleia, para permanecer como uma lapa agarrada ao poder”, declarou esta sexta-feira Élvio Sousa, num encontro com a comunicação social para abordar o momento político regional e o acentuar da crise, com o adiamento para 17 de dezembro da discussão da Moção de Censura ao governo PSD/CDS.

Sobre o que se passou no Parlamento esta semana, com o PSD, CDS e PS a adiarem a discussão da moção de censura “violando o Estatuto Político-Administrativo e o Regimento da ALRAM”, Élvio Sousa diz que se assistiu a “um verdadeiro golpe de Estado na Região, onde um PSD moribundo, com a ajuda de outro PS moribundo, adiou ilegalmente uma Moção de Censura a seu bel-prazer, numa espécie de terra sem lei e ao estilo de um regime de partido único norte-coreano”.

A situação política regional “está num limbo” desde a megaoperação judicial em janeiro deste ano, com as graves suspeitas da “prática de crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência”, de acordo com o Ministério Público, tendo Miguel Albuquerque como principal arguido, lembrou o líder do JPP.

Élvio Sousa contextualiza que depois “desta vergonha”, os madeirenses viram a sua reputação “outra vez beliscada”, em setembro, quando uma segunda megaoperação judicial deixou três secretários regionais envolvidos em fortes suspeitas de corrupção, tendo sido levantada a imunidade para serem ouvidos e, meses depois, outro secretário regional surge a contas com a Justiça. Pelo meio, a gestão política dos incêndios e as férias de Miguel Albuquerque e Pedro Ramos no Porto Santo com a Madeira a arder.

“Este Governo está em fim de linha, tem cinco membros envoltos e suspeitos de casos gravíssimos de corrupção, envolvendo desvios de dinheiro dos madeirenses para pagamento de campanhas eleitorais do PSD, para obras em casas de secretários e enriquecimento pessoal”, afirmou Élvio Sousa. “Está na altura de mostrar aos madeirenses todas esses casos. Albuquerque está em fim de linha, está agarrado aos Donos Disto Tudo (DDT) e ao estatuto de imunidade, uma das maiores vergonhas da sua cobardia”, frisou.

Com todos estes casos, não há tempo para governar. O líder do JPP diz que a Madeira está sem governo desde janeiro. “O PSD é o maior fator de instabilidade regional, não tem resolvido um único problema dos madeirenses, pelo contrário tudo se tem agravado, com é o caso da habitação e do custo de vida”, explicou.

“Albuquerque é responsável pela maior fuga de jovens da Região”, prosseguiu Élvio Sousa. “Pelo drama e falta de oportunidades na aquisição de uma casa a preços acessíveis, pois passa a vida a promover habitação de luxo; abandonou os agricultores e os pastores à sua sorte, após ter prometido aumentar os seus rendimentos; prometeu um Ferry para libertar a Madeira dos monopólios mas vendeu-se aos DDT; empobreceu a classe média e os trabalhadores; prometeu o barco em janeiro para o Porto Santo e falhou; prometeu baixar as listas de espera na saúde e garantir direitos no acesso aos atos clínicos e é o maior responsável pelo aumento, atualmente com mais 92 mil referenciações”.

Élvio Sousa acrescenta que o PSD e Albuquerque, com a ajuda do CDS, “instalaram na sociedade madeirense uma espécie de fatalidade, ou eles ou o caos”. Concede que “os madeirenses têm hoje vergonha deste Governo sujo com casos de corrupção, não esquecem o comportamento de Albuquerque e de Pedro Ramos durante os incêndios, quando os abandonaram à sua sorte para retomarem as suas férias, enquanto a Madeira ainda ardia”, recorda.

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