O deputado do PS-Madeira à Assembleia da República confrontou, hoje, o ministro dos Assuntos Parlamentares com os anunciados cortes financeiros para a RTP-Madeira, alertando para o facto de a estação televisiva regional necessitar de mais investimento e melhores condições para os seus profissionais.
Na audição a Pedro Duarte, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025, e de acordo com nota enviada à redação, Miguel Iglésias referiu-se às notícias que dão conta que a RTP-M se prepara para efetuar um corte financeiro ainda este ano, no valor de 30 mil euros, o que implicará a supressão de vários programas em grelha.
“Presumimos que este corte não tenha qualquer relação com a estratégia do Governo da República de cortar o financiamento na publicidade, quando o próprio Orçamento de Estado não está aprovado”, referiu o parlamentar socialista, considerando, contudo, que “esta não é uma situação normal” e que “está a alarmar todos os profissionais do Centro Regional da RTP na Madeira”.
Miguel Iglésias salientou que a RTP-M presta um serviço público inestimável, não apenas para os residentes na Região, mas também enquanto elo de ligação fundamental com a diáspora madeirense espalhada pelos quatro cantos do mundo, manifestando por isso a sua preocupação em relação a esta previsão, já que os cortes em diversos programas não foram desmentidos pela administração da empresa.
Dirigindo-se ao ministro, o deputado socialista advertiu que “a RTP-M não precisa de cortes nem de desinvestimento” e que, pelo contrário, “necessita de melhores condições para os seus profissionais, de contínuo investimento tecnológico e na sua grelha de informação e entretenimento”. Miguel Iglésias instou, assim, o governante a confirmar se há, ou não, orientações da tutela ou da administração da RTP para estes cortes abruptos na despesa corrente – para os quais de momento não se encontra justificação plausível – e se essa redução nos custos se refere a orientações generalizadas para a empresa, ou é específica para o Centro Regional da RTP-Madeira, o que seria “gravíssimo”.