No plenário madeirense, entrou-se já na apreciação na generalidade do projeto de decreto legislativo regional, da autoria da Iniciativa Liberal, intitulado ‘Gestão e Controlo dos Fluxos Turísticos na Região Autónoma da Madeira’.
Na respetiva explanação, Nuno Morna frisou que o projeto em análise se revela “uma solução equilibrada para os desafios da Madeira, respeitando os princípios da sustentabilidade, sem colocar em causa o modo de vida dos madeirenses”.
O projeto é bastante versátil e não deixa áreas de fora, com grande foco para o trânsito automóvel, questão que hoje preocupa muito residentes e visitantes. Entre as propostas, a IL propõe “a implementação de reservas prévias” e também “transportes alternativos incentivados”. Ressalvando que o diploma, a ser aprovado, “terá depois de ser acompanhado pela respetiva regulamentação”.
Numa primeira análise, o PS passou ao lado da proposta da IL, lembrando sim as propostas que terá já apresentadas no passado, com Isabel Garcês a apontar alguma delas. “Não temos turismo a mais, o que há é desorganização e falta de planeamentos”, sentenciou na síntese.
Quase de imediato, foi Paulo Cafôfo a intervir, reforçando esta tese. Desde logo, a tese que vai vingando releva-se “uma armadilha extremamente perigosa, que faz com que o povo critique os turistas e isto é perigoso para o setor”.
O líder socialista diz que a voz corrente “coloca em causa a nossa galinha dos ovos de ouro”, interrogando: “conseguem imaginar a Madeira sem turistas?”
“Nós não temos turistas a mais, temos é Governo Regional a menos”, clamou Paulo Cafôfo, reivindicando “políticas públicas integradas” para abordar a Região.
De resto, também o PSD, por André Pão, fez saber que considera não termos turismo mais, dizendo ser necessária “uma entre todas as entidades competentes”, apelando ao debate sério e “sem histerismo e sem populismos”.
De resto, também Sara Madalena já fez saber que o diploma da IL não incomoda o CDS, pelo que, aparentemente, deverá ser aprovado na quinta-feira.