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PAN-Madeira afirma que luta contra a violência doméstica tem falhado

Data de publicação
31 Outubro 2024
11:11

O PAN-Madeira considerou, hoje, que “a luta contra a violência doméstica exige um compromisso coletivo e contínuo, onde a prevenção e a resposta à emergência caminhem lado a lado”.

A reação surgiu um dia após mais uma morte alegadamente por violência doméstica.

“O PAN- Madeira lamenta profundamente a morte de mais uma mulher vítima de violência doméstica. Foram 721 queixas apresentadas por violência doméstica em 2023, que representa um aumento de 7,5% relativamente ao ano anterior, face a isto, é imperativo que todos os esforços sejam redobrados para travar esta realidade alarmante”, diz o partido numa nota divulgada à comunicação social.

“Esta tragédia, que matou mais uma mulher, é um alerta de que precisamos de atuar em várias frentes, desde a resposta de emergência até ao apoio psicológico e social de todos os elementos envolvidos. Todos os anos, são assassinadas mulheres em contexto de relações de intimidade, que tem como nome feminicídio, e cuja prevenção e proteção têm falhado.” sublinha Mónica Freitas, porta-voz do PAN-Madeira, referindo-se à trágica ocorrência de ontem em Machico, em que uma mulher de 44 anos foi alegadamente assassinada pelo companheiro.

O PAN -Madeira destaca as medidas integradas no Orçamento 2024 de apoio às vítimas de violência doméstica, como a criação de casas de autonomização, um passo essencial para garantir a autonomia das pessoas vítimas de violência doméstica assim como o complemento regional para pessoas vítimas deste flagelo.

No entanto, considera que “estes apoios são posteriores, é preciso apostar na prevenção”.

Reforço da formação dos profissionais do terreno que lidam com estas matérias, rigor na privacidade e sigilo dos atendimentos, criação de equipas interdisciplinares de terreno que garantam o acompanhamento e encaminhamento de forma segura são alguns dos passos fundamentais para prevenir, segundo o PAN-Madeira, este tipo de violência. O partido aponta ainda a sensibilização nas escolas, começando por prevenir a violência no namoro, combatendo os estereótipos de género e trabalhando a inteligência emocional.

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