O especial Política 5.0 começou com a análise ao debate entre Paulo Cafôfo (PS) e Pedro Coelho (PSD/CDS), tendo sido João Paulo Marques o primeiro a dar a sua opinião.
“Acho que não foi um grande debate, essencialmente do ponto de vista do político”, disse, considerando que tanto Cafôfo como Coelho “perderam-se um pouco nalgumas picardias que pouco ajudaram ao esclarecimento” de quem assistiu ao confronto.
Ainda assim, o comentador do 5.0 destaca “um momento chave”, quando Pedro Coelho lançou uma pergunta em jeito de desafio a Cafôfo, questionando-o sobre se ia assumir o compromisso de manter-se na Assembleia da República durante a duração total na legislatura.
“Nós já sabemos a resposta a essa pergunta, mas a pergunta que se segue é que foi muito importante. Coelho perguntou se vale a pena votar num candidato a deputado que, pelos vistos, as pessoas sabem que não assumirá esse mesmo mandato. Julgo que essa pergunta ficou no ar e que Paulo Cafôfo não soube desmontar esse desafio que foi lançado por Coelho”, denotou.
João Paulo Marques intitulou ainda de “interessante” o posicionamento dos candidatos no que respeita à Autonomia, tecendo críticas ao candidato socialista que “cai uma esparela extremamente perigosa”, nomeadamente num tema chave para a Região como o novo hospital.
“Diz Cafôfo que o financiamento do novo hospital é uma opção política do PS e eu acho que isto é, para alguém que se arroga grande defensor da autonomia, um erro imperdoável”, observou, entendendo que o financiamento deve ser encarrado como uma responsabilidade do Estado perante a Madeira e os madeirenses.
“Não é só Paulo Cafôfo, mas também vários militantes do PS costumam colocar-se nesta posição que é a posição de advogados de defesa do Governo da República”, indicou.
Em suma, o comentador considera que, deste debate, foi Pedro Coelho que saiu vitorioso, uma vez que “se mostrou sempre melhor preparado em vários dossiers do que Cafôfo”.