O projeto ‘Viver de Afetos’ presta apoio a idosos que vivem isolados no concelho de Câmara de Lobos, na Madeira, mas a associação comunitária promotora da iniciativa - ‘Câmara de Lobos Viva’ - debate-se com falta de recursos humanos e procura voluntários.
"Neste momento, a equipa, de apenas dois elementos, acompanha 19 idosos por semana, um número significativo para o número de recursos humanos", refere a instituição, em nota enviada aos órgãos de comunicação social.
O projeto ‘Viver de Afetos’ conta com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Instituto de Segurança Social da Madeira, mas a associação responsável pretende angariar voluntários para reforçar a assistência aos idosos, que consiste em visitas de duas horas por semana ao domicílio e contactos telefónicos.
"Este projeto tem como objetivo mitigar o sentimento de solidão nos idosos que residem sozinhos nas zonas altas do concelho de Câmara de Lobos, com dificuldade de mobilidade e reduzido suporte familiar", refere a associação, adiantando que o apoio assenta na companhia em casa e nas saídas ao exterior, como consultas médicas, e no desenvolvimento de atividades de estimulação cognitiva, motora e sensorial.
"De um modo geral, procuramos dar resposta às necessidades e interesses dos idosos", sublinha, reforçando que a "cultura do voluntariado" é essencial para o sucesso do projeto.
De acordo com os resultados preliminares dos Censos 2021, o concelho de Câmara de Lobos, contíguo ao Funchal, na zona oeste, tem 32.175 habitantes.
É composto por cinco freguesias - Câmara de Lobos, Quinta Grande, Curral das Freiras, Estreito de Câmara de Lobos e Jardim da Serra, sendo nestas últimas que incide o projeto ‘Viver de Afetos’.
Lusa