O Grupo Parlamentar do PS à Assembleia da República revelou hoje ter requerido a audição parlamentar urgente de diversas entidades, designadamente da Ministra da Administração Interna, para esclarecimento sobre a gestão política e dos meios de proteção civil no combate ao grande incêndio na Região Autónoma da Madeira.
“De modo a obter um cabal esclarecimento técnico e político sobre a gestão dos meios de proteção civil nos incêndios que continuam a alastrar na Madeira, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista requer a audição com carácter de urgência das seguintes entidades: Ministra da Administração Interna, Margarida Blasco; Presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais, Tiago Oliveira; Presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Brigadeiro General Duarte da Costa; Secretário-geral do Sindicato Nacional da Proteção Civil, José Costa Velho; Presidente da Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Proteção Civil (ASPROCIVIL); Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros de Portugal, António Nunes; e Diretor do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais, Professor Domingos Xavier Viegas”, lê-se em comunicado de imprensa.
Na mesma nota é explicado que o rupo Parlamentar do PS “pretende esclarecer com rigor o que se passou quanto à mobilização dos meios nacionais para combate aos gravíssimos incêndios que persistem na Madeira, designadamente a forma como ocorreu a articulação entre as autoridades nacionais e o Governo Regional, quer nas operações de combate, quer na adoção de medidas preventivas”.
Os socialistas lembram que “os incêndios que continuam a alastrar nas serras da região abrangem uma área superior a 8000 hectares, consumindo cerca de 14% da área florestal do território e colocando em causa a milenária floresta Laurissilva, património natural da UNESCO, sendo o maior incêndio rural em Portugal no ano de 2024. Nos últimos 20 anos arderam mais de 40 mil hectares”.
“Perante a gravidade da situação e a necessidade de esclarecimento cabal do ocorrido, o Partido Socialista entende que são devidas explicações aos portugueses”, remata a nota.