A situação laboral de trabalhadoras da Santa Casa da Misericórdia de Machico e do Caniço foi um dos casos relatados esta tarde, na Tribuna Sindical da CGTP, realizada em plena Rua Fernão de Ornelas, no Funchal.

Segundo Alexandre Fernandes, coordenador da União dos Sindicatos da Madeira (USAM), as referidas trabalhadoras, algumas presentes na iniciativa, “queixam-se de condições de trabalho extenuantes, sem aumentos, a trabalharem com o salário mínimo”, cumprindo uma missão que visa cuidar dos outros.

No momento em que o dirigente sindical prestação declarações aos jornalistas sobre a jornada de luta em curso, Cristiana Sousa, da USAM, falava na tribuna, precisamente, sobre a situação deste grupo de profissionais.

Este é um entre outros casos de precariedade laboral que os sindicatos aferiram ao longo de uma ‘Semana de esclarecimento, ação e luta da CGTP’, realizada a nível nacional, que, na Madeira culminou com a iniciativa de rua.

Precariedade e insegurança, salários insuficientes, violações dos direitos laborais e desigualdades salariais resumem, na perspetiva da USAM, “a situação atual no mundo do trabalho”, na Região.

No âmbito político, os sindicatos madeirenses afetos à CGTP acusam o Governo Regional de “falta de diálogo social e abertura à negociação coletiva” e de “políticas anti-sociais”.

Relativamente à atual situação política, decorrente das eleições regionais, Alexandre Fernandes destaca a “instabilidade” gerada e fala de “um presidetne do governo agarrado ao poder e a viver numa realidade paralela à das dificuldades dos trabalhadores e suas famílias”.

Sobre o impacto que este impasse está a ter, o dirigente diz que “por enquanto ainda não há está” a afetar os trabalhadores”, mas que a partir dos contactos estabelecidos durante a semana “há uma ideia cada vez mais presente que, infelizmente, nós iremos novamente para eleições”.

“Não é aquilo que os trabalhadores precisam, mas, se tivermos de ser chamados a eleições teremos de responder”, afirmou.