Numa reflexão publicada na sua página do Facebook, o padre José Luís Rodrigues faz uma análise a duas imagens “significativas” que reteve da abertura do Ano Jubileu.
“Uma, a solidão do Papa Francisco.
A outra, do nosso meio, um Cristo carcomido pela formiga branca”.
Isso para refletir que “ambas reveladoras da crise e do desalento em que vegeta a Igreja Católica neste momento no mundo inteiro, que persiste e insiste em manter-se longe do pulsar frenético da vida de hoje”.
Na escrita do antigo padre da Paróquia de São Roque, José Luís Rodrigues diz que “a solidão do Papa Francisco, revela o fim do ciclo, onde já se perfila outro e já fervilham as investidas políticas dos grupos embevecidos pelo poder, nomeadamente, os fanáticos e conservadores.
Entre nós o bolor e a formiga branca mantém enclausurado um grupo, que se entretém no vazio de abertura à sociedade, apegado ao poder político vigente destituído de ética cristã, mas ainda assim interessa para manter a pasmaceira e os fogachos religiosos para adormecer o nosso povo.
A formiga branca basta para não haver compromisso nenhum com o povo, os mais fracos e os mais frágeis.
Jesus não gostará nada disto.
E renovará este alerta: “Eis que vos envio como ovelhas para o meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10, 16).
Um Jubileu sem pensamento, sem reflexão e sem vontade de transformação, nada valerá e resultará em zero de mudanças.
Zurzir búzios e menear com folclore as ancas não nos livra de uma certa pobreza espiritual, do bolor, da vontade embevecida de aparecer para a enganadora foto e das idolatrias.
Ó Cristo vem cá baixo ver isto...”