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13.º Festival Internacional de Órgão da Madeira termina este domingo

Data de publicação
26 Outubro 2024
11:35

Evento promovido pela Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura, através da Direção Regional da Cultura, encerra com chave de ouro com um concerto no Convento de Santa Clara .

Depois de 11 concertos realizados em igrejas do Funchal, Ponta do Sol e Machico, o 13.º Festival Internacional de Órgão da Madeira, evento promovido pela Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura através da Direção Regional da Cultura, termina com chave de ouro este domingo, pelas 18 horas, com um concerto na Igreja do Convento de Santa Clara

Sob o tema “Do Tento à Tentação: A dança nas fontes ibéricas para órgão dos séculos XVI e XVII”, o concerto conta com a atuação do organista Fernando Miguel Jalôto, do Ensemble Portingaloise e La Floreta.

Sobre o programa do concerto de amanhã, Catarina Costa e Silva, fundadora do Ensemble Portingaloise, escreve: “Do Tento à Tentação visita o interessante e variado repertório registado em fontes ibéricas para órgão − Porto, Braga, Coimbra e Madrid − destacando tanto as obras de escrita contrapontística (tento) como as danças peninsulares (pavanas, xácaras, folias ou villanos, entre outras), frequentemente improvisadas, explorando a curiosa confluência dos dois géneros musicais em contextos sacros. Elaborações instrumentais que alternam escrita polifónica e homofónica, os tentos podiam ser usados em diferentes momentos litúrgicos, seguindo os modos eclesiásticos do cantochão.”

“Esta é uma viagem por um repertório na charneira entre a cultura sacra e a profana, entre o coro alto e o salão, numa permeabilidade e conciliação que caracterizava o complexo perfil cultural ibérico, ainda com reminiscências do Siglo de Oro (século XVII), mas anunciando já a sociedade mais galante e cosmopolita do século XVIII”, acrescenta.

O organista Fernando Miguel Jalôto completou os diplomas de Bachelor e de Master of Music em Cravo no Departamento de Música Antiga e Práticas Históricas de Interpretação do Conservatório Real da Haia (Países Baixos), na classe de Jacques Ogg. Frequentou masterclasses com Gustav Leonhardt, Olivier Baumont, Ilton Wjuniski e Laurence Cummings. Estudou também Órgão barroco e Clavicórdio, e foi bolseiro do Centro Nacional de Cultura. É Mestre em Música pela Universidade de Aveiro e Doutor em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa. É fundador e director artístico do Ludovice Ensemble. Trabalhou sob a direção de T. Koopman, Ch. Pluhar, Ch. Rousset, F. Biondi, A. Florio, H. Christophers, A. Parrott, R. Alessandrini, Ch. Banchini, E. Onofri, A. Bernardini, L. Cummings, Ch. Coin, D. Snellings, W. Becu e P. McCreesh, entre outros. Gravou para a Ramée/Outhere (com o Ludovice Ensemble, nomeado para os prestigiantes ICMA Awards em 2013), Brilliant Classics (Suites para Cravo de Dieupart), Dynamic (Concerto para cravo em sol menor de Carlos Seixas), Harmonia Mundi, Glossa Music, Parati, Anima & Corpo e Veterum Musica. Gravou recentemente um dos volumes da gravação integral das Flores de música de Manuel Rodrigues Coelho (Resonus).

O Ensemble Portingaloise constituído por artistas de formação versátil que, no seio da Portingaloise Associação Cultural e Artística, se dedicam à divulgação da Dança Antiga pela prática historicamente informada, promovendo constante formação e investigação e, pontualmente o Portingaloise – Festival Internacional de Danças e Músicas Antigas, já na sua 10ª Edição (2024/25). Destacam-se as seguintes produções originais: Do tento à tentação (2023), Assembleia dançante (2022), Vi/Ver o Paço (2022), Balle de las danças (2021), Os gestos cantam na dança libertados (2020), Marie Sallé, Terpsicore de Haendel (2019), Auto do labirinto (2018), Kinski (2016-18), Le voyage imaginaire (2016), com apresentações em diferentes festivais, teatros e espaços em território português e estrangeiro. O ensemble participou ainda na série televisiva Madre Paula da RTP1 (2017) e colaborou com diferentes grupos como Orquestra Barroca da Esmae, Orquestra Barroca Vigo 430, O Bando de Surunyo, Capella Sanctae Crucis, Ensemble Com.Cordas, Americantiga Ensemble, Orquestra Barroca de Mateus, Ensemble Alorna. A sua fundadora, Catarina Costa e Silva, leciona Danças Antigas no Curso de Música Antiga da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, no Porto, desde 2008.

La Floreta é uma companhia de dança histórica, com sede em Madrid, dedicada a aproximar o público contemporâneo à dança das cortes, teatros, salões e espaços festivos da Europa entre os séculos XV e XVIII, conservada em tratados de dança, notações coreográficas, partituras musicais e documentos iconográficos. O repertório da companhia baseia-se principalmente nas fontes espanholas, italianas e francesas de dança teatral e social, que são levadas à cena de uma forma atrativa, mostrando uma beleza que é simultaneamente atual e intemporal. Entre os seus espetáculos mais recentes destacam-se Un sarao barroco (2023), La cadena de amor (2022), Danzas para dos reinas. Saraos, bailes y minuetes en tiempos de Felipe V, encomenda do Património Nacional (Espanha), com estreia na sua Temporada Musical em agosto de 2021 e La Spagna em danza, criado por encomenda da Fundación Juan March e estreado na própria fundação em janeiro de 2019. La Floreta é dirigida por Diana Campóo, bailarina, coreógrafa e investigadora, diplomada pelo Conservatorio Superior de Danza de Madrid e Doutora em História Moderna pela Universidad Autónoma de Madrid. Professora desde 2005 no Centro Superior de Música do País Basco (Musikene), desenvolve investigação em história da dança, com numerosas publicações a nível internacional.

Recorde-se que a 13.ª edição Festival Internacional de Órgão da Madeira, O com direção artística de João Vaz e a produção do Coro de Câmara da Madeira, iniciou.se a 18 de outubro e voltou a aliar um programa de concertos musicais únicos à divulgação do rico património organístico existente na Região com um total de 11 concertos em 7 igrejas da Madeira.

Os concertos, todos com entrada gratuita, tiveram lugar nos concelhos do Funchal, Ponta do Sol e Machico, nomeadamente na Igreja de São João Evangelista (Colégio), Sé, Igreja de São Pedro, Convento de Santa Clara e Igreja de São Martinho no Funchal, Igreja de Nossa Senhora da Luz (Ponta do Sol) e Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Machico). 

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