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“Vale a pena investir na cultura”

Data de publicação
25 Novembro 2024
21:41

“Vale a pena investir na cultura” defendeu, esta noite, Élia Gouveia, vereadora da Câmara Municipal de Santana, que foi um dos quatro oradores no debate ‘O Empoderamento da Cultura Artística do Concelho de Santana’, que teve como palco a Casa do Povo da Ilha.

No evento, inserido na XXX Semana Cultural da Ilha, que contou com a moderação da jornalista do JM Iolanda Chaves, a vereadora enalteceu a importância das instituições culturais na dinâmica das freguesias e dos meios rurais, reconhecendo o facto de a maioria delas viverem dos apoios públicos e de voluntariado.

“É preciso as pessoas despenderem do seu tempo de uma forma gratuita para que as coisas aconteçam (...) Portanto, isso faz com que as pessoas tenham de ter essa disponibilidade em participar, a vontade em querer estar e querer aprender, mas, por outro lado, é também essa dinâmica de grupos de evita depois o isolamento da própria população”, considerou, acrescentando que o orçamento para a cultura, para eventos realizados pela autarquia, ascende a 1 milhão de euros.

Por seu turno, Nélio Gouveia, presidente da Junta de Freguesia do Arco de São Jorge, realçou o “vasto programa cultural” da localidade que conta, conforme sublinhou, com “grande ajuda” da banda filarmónica da freguesia, a qual integra 22 executantes.

O autarca reconheceu, porém, que “não é fácil ter uma banda filarmónica numa freguesia tão pequena”, sobretudo ao nível dos recursos humanos, porque muitos jovens ingressam na universidade ou emigram. A solução tem sido recrutar elementos a São Jorge, “o que tem tido bastante aceitação”, destacou.

Na sua alocução, o responsável lembrou as várias atividades culturais que ocorrem na localidade, nomeadamente a ‘Queima do Velho’ que decorre no final do ano, deixando um convite a quem quiser assistir a este momento nesta quadra natalícia.

Já Dinis Mendonça, membro da comissão organizadora do Congresso São Jorge Memória e Futuro, iniciou a sua intervenção a falar sobre o evento - o qual acontece sempre em agosto - O congresso, que começou com um grupo de amigos, procura aproximar as pessoas que estão fora da sua terra, sobretudo emigrantes, e mostrar a cultura, refletir sobre a localidade e partilhar histórias e experiências. O orador relevou ainda a importância de alguns projetos irem para o terreno, um dos quais referente à valorização dos trilhos, e outro que diz respeito à Escola de São Jorge – que está fechada - , assumindo que gostaria de ver o auditório lá existente reequipado e ao funcionamento da população.

Aliás, nesse âmbito, Dinis Mendonça adiantou ainda que está agendada, para a semana, uma reunião com Rogério Gouveia, secretário regional das Finanças, para abordar essa questão. “Tem de ser a população a colocar pressão”, apontou.

O quarto orador, Heliodoro Dória, presidente da Direção da Casa do Povo de São Roque do Faial, entidade que tem cinco grupos culturais, sublinhou o facto de a “grande alma” da instituição ser o voluntariado. “Ninguém recebe um cêntimo”, observou, assegurando que enquanto houver recursos humanos e apoios, as iniciativas culturais são para continuar.

Relevando a importância de divulgar a cultura local além-fronteiras, Heliodoro Dória destacou a aposta que tem sido feita nos intercâmbios e de todo trabalho que tem sido feito em prol da preservação da cultural local.

O presidente da Casa do Povo revelou ainda que, no próximo dia 4 de dezembro, será lançado o número 4 da revista ‘Por Terras Tabaqueiras’ que será dedicada ao filho da terra bispo Manuel Ferreira Cabral.

Quanto a desejos para o futuro, o responsável defendeu um auditório na freguesia, que é falado há décadas, mas que ainda não foi concretizado. “O espaço físico para nós é importante”, reconheceu.

De referir que o serão contou ainda com a animação dos Tunacedros da Casa do Povo de São Roque do Faial e com a Bordadeira, personagem do Teatro do Bolo do Caco.

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