A presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), Margarida Corrêa de Aguiar, defendeu hoje, em Lisboa, que o Plano Poupança Reforma (PPR) perdeu o seu ADN sem ter um substituto.
“O PPR perdeu o seu ADN, a sua finalidade, sem que se tenha tido o cuidado de arranjar um substituto”, afirmou Margarida Corrêa de Aguiar na conferência “Fórum Produtividade & Inovação”, que decorre em Lisboa, dedicada ao tema Reforma da Segurança Social.
Em causa está um produto financeiro, que prevê uma poupança a médio-longo prazo, tendo em vista ser um complemento à reforma, com benefícios fiscais.
Para a ASF é preciso repensar a forma de assegurar uma vida digna às pessoas que se reformam, encontrando soluções que compensem as perdas e melhorem o rendimento, o que classificou como “uma prioridade e um desafio coletivo”.
A presidente desta autoridade notou ainda que, para além dos rendimentos baixos, persiste em Portugal um nível de literacia financeira insuficiente.
Margarida Corrêa de Aguiar referiu que são necessárias políticas públicas que apoiem a transparência no sistema de pensões, fornecendo aos cidadãos um retrato honesto e rigoroso da situação atual e futura da sua situação em termos de pensões.
A ASF lembrou que esta condição é essencial para que, tal como aconteceu no passado, o país disponha de produtos de poupança para a reforma.
Por outro lado, notou que as gerações mais novas devem “ajustar as suas expectativas” e perceber como é importante garantir poupanças para a sua reforma.