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EUA/Eleições: Kamala pronta para “transição pacífica” e desafia apoiantes a continuar a luta

Data de publicação
06 Novembro 2024
22:24

A vice-Presidente norte-americana e candidata derrotada nas presidenciais realizadas na terça-feira, Kamala Harris, prometeu hoje ajudar o adversário republicano, Donald Trump, numa “transição de poder pacífica” e desafiou os seus apoiantes a continuar a luta pela liberdade e justiça.

Na primeira reação à derrota eleitoral, na Universidade Howard (Washington, DC), cerca de 24 horas depois de a contagem dos votos ter sido iniciada na terça-feira, Kamala Harris expressou junto dos seus apoiantes orgulho pela campanha que protagonizou pelo Partido Democrata e “os motivos pelas quais foi feita”.

Num discurso de 12 minutos, a política democrata disse já ter admitido numa conversa com Trump a derrota eleitoral e apelou para o respeito dos resultados, observando que é isso que “distingue a democracia da anarquia e da tirania”, numa alusão ao não reconhecimento de Trump da derrota eleitoral há quatro anos e ao assalto dos seus apoiantes ao Capitólio que se seguiu.

Kamala Harris prometeu ajudar o seu adversário eleito e ex-Presidente norte-americano entre 2017 e 2021 numa “transição de poder pacífica”, mas deixou uma advertência: “Não devemos lealdade a um a Presidente ou a um partido, mas à Constituição dos Estados Unidos da América”.

Dirigindo-se aos apoiantes mais jovens, a vice-Presidente norte-americana disse compreender o seu desapontamento e vincou que reconhecer a derrota não implica abandonar a luta.

“Às vezes a luta demora um pouco. Isso não significa que não vamos ganhar. O mais importante é nunca desistir (...) e nunca deem ouvidos quando alguém diz que algo é impossível porque nunca foi feito antes”, declarou, após ter falhado a eleição da primeira mulher para a Casa Branca.

Kamala Harris sublinhou que não concederá nas razões que desencadearam a sua campanha “pela liberdade, oportunidades, justiça e dignidade” e ainda pelas “ideias que refletem a América no seu melhor”, onde as mulheres podem tomar “decisões sobre o seu próprio corpo” e com proteção das escolas e ruas do país da violência das armas.

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