O movimento islamita palestiniano Hamas apelou hoje ao Conselho de Segurança da ONU para pôr fim à “guerra brutal” na Faixa de Gaza, onde mais de 17.400 palestinianos foram mortos em dois meses de guerra com Israel.
”Apelamos ao Conselho de Segurança, à comunidade internacional e a todos os países do mundo para que ponham fim a esta guerra brutal e salvem a Faixa de Gaza antes que seja demasiado tarde”, declarou o gabinete de imprensa do Hamas num comunicado citado pela AFP.
O comunicado surge no mesmo dia em que o Ministério da Saúde local anunciou que os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza mataram mais de 300 pessoas e feriram meio milhar nas últimas horas, enquanto prosseguem combates entre soldados e milicianos do Hamas, no 63.º dia de guerra.
”Nas últimas horas, 313 mortos e 558 feridos chegaram aos hospitais”, enquanto “um grande número de vítimas continua debaixo dos escombros” ou deitado nas estradas, declarou esta tarde o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf Al Qudra.
O número de palestinianos mortos desde o início da guerra, a 07 de outubro, ascende a 17.487, dos quais 70% são mulheres e crianças, acrescentou o mesmo organismo controlado pelo Hamas, referindo que o número total de feridos é de 46.480.
Na sequência do ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas, segundo as autoridades israelitas, Israel respondeu com bombardeamentos maciços e uma ofensiva terrestre que causou a morte a perto de 17.500 pessoas em Gaza, sobretudo mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.