A cidade de Hodeida, no oeste do Iémen, sob controlo dos rebeldes Huthis, foi hoje atingida por ataques aéreos que causaram fortes explosões, relataram um correspondente da AFP e meios de comunicação social locais.
Pouco depois de conhecidos os ataques, o Ministério da Saúde huthi acusou Israel de estar na origem, o que já foi confirmado pelas autoridades israelitas.
“Os ataques do inimigo israelita contra as instalações de armazenamento de petróleo no porto de Hodeida” causaram mortos e feridos, segundo o ministério, que foi citado num comunicado publicado pelos meios de comunicação social controlados pelos rebeldes, sem indicar um número exato de vítimas dos bombardeamentos, que ocorreram um dia depois de um ataque de ‘drones’ reivindicado pelos Huthis ter matado uma pessoa em Telavive.
Por seu lado, as forças armadas israelitas (IDF) divulgaram na rede social Telegram que “caças das IDF atingiram alvos militares do regime terrorista Huthi na zona do porto de Hodeida, no Iémen, em resposta às centenas de ataques perpetrados contra o Estado de Israel nos últimos meses”.
Segundo o jornalista da AFP no local, ouviram-se fortes explosões na devastada cidade portuária do Iémen, país em grande parte controlado pelos Huthis.
Alegando estar a agir em solidariedade com os palestinianos em Gaza, que estão envolvidos na guerra entre Israel e o Hamas desde 07 de outubro, os Huthis têm vindo a realizar ataques a navios mercantes desde novembro, apresentando-os como tendo ligações com Israel.
Os ataques no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, zonas marítimas fundamentais para o comércio mundial, fizeram aumentar os custos dos seguros, levando muitas transportadoras marítimas a navegar pelo extremo sul de África, uma rota muito mais longa.
Em dezembro, os Estados Unidos, aliados de Israel, criaram uma força multinacional para proteger a navegação nesta zona estratégica e, desde janeiro, com a ajuda de Londres, lançaram numerosos ataques contra os Huthis no Iémen.