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Novo ministro da Saúde grego pede desculpa por comentários sobre o Holocausto

JM-Madeira

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Data de publicação
01 Setembro 2021
19:13

O novo ministro da Saúde da Grécia pediu hoje desculpa por declarações feitas anteriormente que incomodaram a comunidade judaica do país, garantindo que "respeita em absoluto" as vítimas do Holocausto e que se opõe ao antissemitismo.

A declaração de Athanassios Plevris, publicada hoje nas redes sociais, chegou horas depois de o Conselho Central das Comunidades Judaicas da Grécia - que usa a sigla em grego KIS - ter manifestado preocupação quanto à sua nomeação para o executivo, numa remodelação anunciada pelo primeiro-ministro na terça-feira.

Um comunicado do KIS tinha instado Plevris a pedir desculpa pelas observações feitas como advogado de Defesa num processo judicial de 2009 contra o seu pai, Constantinos Plevris, de extrema-direita, que foi acusado de incitamento ao ódio racista e à violência por causa de um livro intitulado "Judeus: A Verdade Completa".

Hoje, Plevris disse que as objeções do KIS aos seus comentários em tribunal eram "compreensíveis" e que "discorda totalmente" das opiniões do seu pai.

"Mas eu nunca quis insultar o povo judeu e peço desculpa se o fiz. Estou certo de que, como ministro da Saúde, não deixarei o mais pequeno motivo de reserva àqueles que duvidam do meu respeito pelo Holocausto e de que verão que, em circunstância alguma, tenho sentimentos antissemitas", afirmou o advogado de 44 anos.

O novo ministro juntou-se, em 2012, ao partido de centro-direita Nova Democracia, atualmente no Governo, e antes disso foi eleito deputado por um pequeno partido populista de direita.

O responsável pela pasta da Saúde tem afirmado repetidamente que rejeita as opiniões políticas do seu pai, que acabou por ser absolvido.

Plevris, que se situa bem à direita da linha geral do Nova Democracia, recebeu a pasta da Saúde - a sua primeira posição no executivo - durante uma remodelação governamental, anunciada na terça-feira.

Nesse mesmo dia, o recém-nomeado ministro da Proteção Civil da Grécia, Evánguelos Apostolakis, recusou assumir o cargo por não ter o apoio da oposição, condição que tinha considerado ser imprescindível para aceitar a função.

Apostolakis tinha sido a grande surpresa da remodelação governamental do primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, com vista a tirar consequências da forma como o executivo lidou com os incêndios devastadores do verão e o fracasso na luta contra a corrupção.

Lusa

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