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Ucrânia: Zelensky pede que eurodeputados não se esqueçam de Kiev e mais sanções da UE

Data de publicação
19 Novembro 2024
11:52

O Presidente ucraniano pediu hoje ao Parlamento Europeu que “não se esqueça” de ajudar a Ucrânia contra a agressão da Rússia, dado o atual apoio da Coreia do Norte, instando a mais “sanções fortes” da União Europeia (UE).

“Juntos, Ucrânia, toda a Europa e os nossos parceiros na América e em todo o mundo, conseguimos não só impedir [o Presidente russo, Vladimir] Putin de conquistar a Ucrânia, mas também defender a liberdade de todas as nações europeias e, mesmo com Kim Jong-un da Coreia do Norte ao seu lado, Putin continua a ser mais pequeno do que a Europa. Peço-vos que não esqueçam isto e que não esqueçam o quanto a Europa é capaz de alcançar”, referiu Volodymyr Zelensky.

Intervindo por videoconferência, a partir da Ucrânia, numa sessão extraordinária do Parlamento Europeu em Bruxelas dedicada aos 1.000 dias de guerra, o chefe de Estado ucraniano acrescentou: “Se conseguimos impedir a queda do modo de vida da Europa, podemos seguramente empurrar a Rússia para uma paz justa [porque] a paz é o que mais desejamos”.

De acordo com Volodymyr Zelensky, “todos os golpes e todas as ameaças da Rússia devem ser objeto de sanções firmes”, pelo que, apesar de nestes 1.000 dias, a UE ter avançado com medidas restritivas que permitiram “reduzir radicalmente a capacidade da Rússia de financiar a sua guerra através da venda de petróleo”, ainda persistem lacunas, com “a frota sombra de petroleiros”.

“Enquanto estes petroleiros operarem, Putin continua a matar”, vincou o Presidente ucraniano, considerando serem “essenciais sanções fortes”.

A posição surge depois de, na semana passada, a assembleia europeia ter exigido sanções mais específicas da UE contra a chamada frota-fantasma russa, que garante receitas fundamentais a Moscovo para esta guerra contra Kiev.

Já falando sobre o apoio das tropas norte-coreanas, Volodymyr Zelensky disse que, “enquanto alguns líderes europeus pensam em eleições ou algo do género à custa da Ucrânia, Putin está concentrado em ganhar esta guerra e não vai parar por si próprio”.

“Quanto mais tempo tiver, piores serão as condições” e, por isso, “é momento para pressionar mais a Rússia e é evidente que, sem certos fatores-chave, a Rússia não terá motivação real para se envolver em negociações significativas”, argumentou, aludindo à “destruição das bases aéreas russas”, à “perda das suas capacidades de produção de mísseis e ‘drones’” e ao “confisco dos seus bens”.

Também intervindo, mas presencialmente, na ocasião, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, salientou que “este é um ataque não só à Ucrânia, mas também à ordem baseada em regras” e aos valores europeus.

“Hoje, enviamos uma mensagem clara e simples: estamos ao lado da Ucrânia, até à liberdade, até à verdadeira paz, durante o tempo que for necessário”, concluiu a líder da assembleia europeia.

O Parlamento Europeu promove hoje em Bruxelas uma sessão especial para demonstrar apoio comunitário à Ucrânia quando se assinalam os 1.000 dias de guerra causada pela invasão russa.

Também por isso, foram colocadas bandeiras e faixas europeias e ucranianas e foram iluminados com cores da bandeira ucraniana os edifícios do Parlamento Europeu, tanto em Bruxelas como em Estrasburgo, França.

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, a UE e o Parlamento Europeu têm manifestado o seu apoio firme a Kiev, através da condenação da agressão russa, da imposição de sanções e intensificação da ajuda política, humanitária, militar e financeira.

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