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Medicamento para doente com cancro indisponível na farmácia hospitalar

Data de publicação
19 Novembro 2024
11:00

Uma doente com cancro da mama metastático estava, até ontem, privada de medicação porque o medicamento de que precisa está esgotado na Farmácia do SESARAM.

Conforme contou ao JM, estava medicada com Ribociclib, mas este fármaco causou-lhe efeitos secundários, nomeadamente baixa de glóbulos brancos e de plaquetas.

A alternativa seria o Abemaciclid, conforme lhe foi indicado pelo médico, mas logo ficou a saber que este medicamento não está disponível na farmácia hospitalar.

A doente está, naturalmente, preocupada, porque tem um cancro que se alastrou a outro órgão e esta medicação é-lhe essencial para combater a disseminação do tumor maligno.

Confrontado com a situação, o gabinete de comunicação do SESARAM esclareceu ao Jornal que “aguarda a disponibilização” do medicamento identificado “por parte da indústria farmacêutica o mais rápido possível”. E sublinha que “a aquisição de medicamentos exige um processo processual demasiado burocrático, imposto pela legislação vigente, o qual muitas vezes dificulta a disponibilização imediata dos medicamentos”.

Explica também o SESARAM que existem “inúmeras ruturas no fornecedor, atrasos nos transportes”, dificultado pela insularidade. E acrescenta que “a aprovação do orçamento para 2024 (fora do período habitual), atrasou alguns procedimentos administrativos e dificultou a cabimentação de algumas aquisições (novas necessidades)”.

Independentemente disso, revela que o “investimento na área dos medicamentos na RAM no Sistema Regional de Saúde no ano de 2024 já supera os 110 milhões de euros. Um acréscimo de mais de 20 milhões em relação ao ano transato”. Valor que diz incluir “o investimento efetivados até à data pelo SESARAM (60,5 milhões de euros) mais a comparticipação dos medicamentos por parte do Governo Regional da Madeira nas farmácias comunitárias através do IASAUDE, na ordem dos 50 Milhões”.

O SESARAM assegura que a “área da Oncologia é prioritária”. “A título de exemplo, nos medicamentos oncológicos, o investimento cresceu 256,76%.

Em 2015 esse valor era de 6.285,046€ e em 2023 foi de 22.422,386€. Só este ano, e nesta área oncológica, no primeiro semestre deste ano foram investidos mais de 12,2 milhões de euros.”

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