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Francisco Gomes acusa Estado de discriminar Proteção Civil

Data de publicação
10 Julho 2024
17:32

Francisco Gomes, deputado do Chega na Assembleia da República, fez a abertura e participou na audição ao Sindicato Nacional da Proteção Civil e ao Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil. Em representação do grupo parlamentar do Chega, o parlamentar madeirense fez as alegações iniciais da audição e ouviu dos representantes daqueles sindicatos as preocupações, necessidades e desafios que afetam os seus associados.

Durante a audição, o Sindicato Nacional da Proteção Civil e o Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil, cujas comitivas incluíram membros de corporações bombeiros voluntários madeirenses, sublinharam vários assuntos que, na sua ótica, são fundamentais, entre os quais a criação de uma carreira especial para a Proteção Civil, a aprovação de um estatuto profissional, o pagamento do subsídio de risco para todo o sector da Proteção Civil, a integração dos sapadores florestais na carreira de bombeiros sapadores florestais e a dignificação da carreira dos vigilantes da natureza. A seu ver, a resolução destas situações arrasta-se, sem justificação.

“A relação do Estado com os trabalhadores da Proteção Civil define-se por uma profunda injustiça, quer ao nível da remuneração e dos subsídios, quer ao nível do estatuto profissional, da idade de reforma e da valorização. Estes homens e mulheres não nos têm falhado. Já os políticos, não têm feito tudo o que poderiam e deveriam fazer para dignificar o seu trabalho.”

O Sindicato Nacional da Proteção Civil e o Sindicato dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil alertaram para o que interpretam como uma situação discriminatória instaurada entre trabalhadores que exercem tarefas idênticas e que assumem responsabilidades idênticas. Para o sindicato, é uma ofensa à dignidade dos bombeiros e ao trabalho fundamental que desempenham na defesa das comunidades que homens e mulheres que exercem a mesma missão sejam tratados de forma tão diferente.

“Que existam carreiras que estejam há mais de uma década à espera de reconhecimento e que existam casos de operacionais retidos na categoria de bombeiro de terceira há mais de trinta anos deveria fazer corar de vergonha os governos que permitiram que a Proteção Civil fosse tratada com tanto desleixo.”

A concluir, o Sindicato Nacional da Proteção Civil e o Sindicato dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil alertaram para outras situações que, na sua perspectiva, condicionam de forma negativa o trabalho dos bombeiros das associações humanitárias, dos sapadores florestais e dos vigilantes da natureza, diminuindo a atratividade das carreiras e colocando em risco a sua sustentabilidade humana e social.

“As promessas sem concretização, as inverdades, as delongas sem justificação e a incompetência cheiram a má-fé e não podemos permitir que a má-fé defina a postura da Assembleia da República e dos governos que de aqui emanam. Os homens e mulheres da Proteção Civil não merecem este desprezo”.

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