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Artigo de Opinião

Economista

29/07/2022 08:01

Para ser classificada de "cidade inteligente", não basta ser sustentável apenas numa única área. As cidades precisam implementar novas infraestruturas, equipamentos e mobiliário urbano, com novas tecnologias, que levem à participação dos cidadãos na vida pública, e à procura por eficiência na gestão dos recursos disponíveis, aumentando a qualidade de vida dos cidadãos e dos visitantes, são algumas das características que tornam uma cidade inteligente.

As cidades em todo o mundo estão a render-se ao poder da tecnologia moderna.

Serão necessários novos planeamentos e políticas para moldar as cidades para que sejam mais saudáveis, sustentáveis, eficientes e prósperos para todos. O futuro inevitavelmente exige um pensamento ousado para criar cidades inteligentes com tecnologias, infraestrutura e ecossistemas que fornecerão novas e emocionantes maneiras de viver, trabalhar e se divertir à medida que as comunidades locais e a vida urbana evoluem.

O impacto da pandemia acelerou o ritmo de mudanças emergentes que agora têm implicações inconfundíveis para o declínio do modelo tradicional de "cidade centralizada".
Os líderes das cidades precisarão mudar do pensamento tradicional "de dentro para fora", para um foco em como otimizar os processos organizacionais internos, para uma mentalidade "de fora para dentro" que requer uma abordagem centrada na experiência, para todos os que atendem as pessoas, negócios e partes interessadas das suas comunidades.

Foi isso que o município do Funchal fez com o novo site apresentado, aproximando os cidadãos à vida da cidade. Com este novo site o objetivo que se pretende é aproximar a autarquia e os seus serviços aos munícipes, um trabalho desenvolvido pela autarquia em função das necessidades dos funchalenses.

A adoção intencional de soluções inteligentes centradas na experiência digital, saber o que as partes interessadas estão esperando e atender todas as expectativas de forma completa e consistente, será fundamental para superar os desafios de hoje e alinhar os serviços da cidade às necessidades e ao bem-estar do público como nunca antes. O uso estratégico, informado e baseado em resultados da tecnologia digital será a chave para moldar com sucesso as cidades e os seus serviços para uma nova era. Ouvindo a voz dos munícipes de novas maneiras.

À medida que os líderes das cidades de hoje exploram e desbloqueiam novos recursos para serviços modernos e eficientes nos seus ecossistemas, o sucesso passará pela capacidade de manter um "ouvido no chão", usando tecnologia, dados e canais on-line omnipresentes para ouvir necessidades individuais únicas, identificar problemas emergentes, e responder ao conjunto de sinais que emanam diariamente nos munícipes. O futuro exige um design de serviço intencional que seja micro-direcionado às necessidades específicas e claramente identificadas de cada cidadão. Essa mudança no conceito de prestação de serviços requer uma maior compreensão do "cidadão-cliente" para potencializar serviços urbanos verdadeiramente modernos.

As partes interessadas da cidade de hoje esperam serviços consistentemente confiáveis, infinitamente eficientes e verdadeiramente direcionados às suas necessidades e expectativas.

Quando falamos em smart cities estamos a referir-nos àquelas cidades onde foi incorporado um funcionamento otimizado de todas as administrações, sejam elas públicas ou privadas em temas que envolvem a planificação urbana, cidades sustentáveis e inclusivas, meio ambiente, e muitos outros, sempre com o objetivo de satisfazer os cidadãos e as instituições.

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