Iniciou-se ontem no Parlamento da Madeira a discussão do Programa do XV Governo Regional; um executivo legitimado nas urnas a 26 maio pela população da Madeira e do Porto Santo.
Contra ventos e marés, contrariando arautos da desgraça e auspícios de derrota antecipada, o PSD Madeira venceu as eleições regionais e foi a força política mais votada em todo o arquipélago. A composição parlamentar que saiu desse sufrágio demonstra claramente que os eleitores madeirenses desejam uma maioria de direita no seu parlamento, mas sobretudo esperam responsabilidade e capacidade de diálogo entre todos os intervenientes políticos.
Parece-me evidente, que acima de tudo, o que os cidadãos desejam e esperam é que Região Autónoma da Madeira retome o seu processo de crescimento e desenvolvimento, e que a vida das pessoas retome um ciclo normal e previsível. Estes objetivos apenas são possíveis com estabilidade. Estabilidade política, quer a nível parlamentar, quer a nível governativo.
O notável progresso alcançado, em diferentes campos, seja social, económico, educativo, cultural, desportivo, entre outros, apenas foi possível porque os madeirenses e porto-santenses sabiamente souberam interpretar e decidir, dada a importância do que estava em causa e o que representava para o nosso futuro coletivo.
O tempo político que vivemos não é tempo de aventuras nem de experimentalismos, e muito menos de desvalorizar a conquista democrática do voto popular. Este é o tempo da ponderação, do diálogo e de continuarmos a luta de deixar às gerações vindouras uma Região melhor do que aquela que herdamos dos que nos antecederam. Este é o tempo de levar em linha de conta uma célebre frase do nosso fundador, Francisco Sá Carneiro, “democrata é aquele que pratica a democracia, e não aquele que apenas dela se reivindica”.
Mais importante do que pensar apenas nos interesses individuais que são efémeros e nada aconselháveis quando o que está em causa é o bem comum, está acima de tudo em causa o futuro da Madeira e a continuidade dos bons resultados alcançados e que não nos devem deixar resignados, mas antes, almejar por mais e melhor.
Tenhamos todos consciência de que a estabilidade não tem preço e a demagogia sai sempre caro. Esta estabilidade depende apenas e só do sentido de responsabilidade de todos, sendo que desde a primeira hora, valorizando e compreendendo as opções dos cidadãos nas eleições de 26 de Maio, o PSD Madeira demonstrou disponibilidade e abertura para o diálogo com todas as forças políticas com assento no parlamento regional para a elaboração de um Programa de Governo para a Legislatura, visando sempre o bem maior que é o superior interesse da população da Região Autónoma da Madeira.
Apenas uma atitude responsável de todos os intervenientes políticos no atual quadro parlamentar garante a estabilidade e a continuidade da senda do progresso e desenvolvimento que a Região Autónoma da Madeira atravessa e disso os madeirenses e porto santenses podem ter a certeza. O tempo das eleições acabou, agora é tempo de arregaçar as mangas e trabalhar em prol no futuro coletivo, pois certamente a população não compreenderá atitudes de egocentrismo que hipotequem o seu futuro.
Não seremos nós, Partido Social Democrata da Madeira, a interromper este ciclo de décadas sucessivas de avanços e de progresso.