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Artigo de Opinião

Economista

7/05/2021 08:03

Em novembro de 2019, em declarações à imprensa, o executivo municipal dava conta de existirem sinalizados 94 casos de pessoas sem abrigo no Funchal.

Aquando dessa notícia o executivo socialista da Câmara do Funchal, dava conta que “a autarquia implementou ainda o projeto dos “cacifos solidários”, e em matéria de atuação desta grave situação e problemática esta foi a ação deste executivo socialista.

Pois, a verdade é que estamos em 2021, a situação, não melhorou, e pelo contrário, está ainda pior, pois segundo os dados do Centro de Apoio ao Sem Abrigo, o Funchal conta hoje já com 121 pessoas sem abrigo.

O C.A.S.A, recebeu em 2015, um imóvel devoluto, e desde essa data, passados já 6 anos, não conseguiu os devidos apoios para poder realizar a reabilitação deste imóvel e poder colocar à disposição das pessoas sem abrigo do Funchal.

E durante todo este período, o que me questiono é o que fez o executivo socialista da câmara, onde esteve o seu trabalho de rua, onde esteve o seu apoio e combate a este flagelo da nossa sociedade atual.

Pois bem, a ação e o rumo socialista para o combate desta grave situação, foi, espasme-se, “Cacifos Solidários”, como se estes cacifos dessem teto e proteção a alguma pessoa.

Uma governação responsável e atenta, não poderia deixar passar e agravar uma situação de aflição como esta.

Felizmente, que temos um menino de ouro da Madeira, que mesmo longe da sua terra, olha sempre pelos seus, e é uma pessoa que sabe bem, o que é enfrentar e superar adversidades, e graças ao nosso embaixador Cristiano Ronaldo, esta semana a Fundação LAPS Portugal, assinou um protocolo com o C.A.S.A – Centro de Apoio ao Sem Abrigo, para a reabilitação do edifício que foi doado a esta instituição, a fim de se poder albergar cerca de 5 pessoas sem abrigo, um investimento de 70.000€, financiado pela fundação Laps.

Ainda na semana passada na última assembleia municipal, abordou-se a temática da habitação social, o projeto e visão de futuro no combate, a este flagelo, onde hoje na nossa cidade temos mais de 3.800 famílias, a aguardar por uma habitação social, um outro flagelo da nossa sociedade como o das pessoas sem abrigo, onde se questionou o executivo socialista sobre o projeto apresentado do “hotel social”, que afinal, percebemos todos agora, que era mais uma intenção, como muitas das várias intenções que os socialistas do Funchal têm apresentado, mas que depois acabam sem os devidos efeitos práticos.

A senhora vereadora com o pelouro da habitação, Madalena Nunes, falou inclusive de “Chaga Social o problema da habitação social no Funchal”, dando nota que era “gravíssimo o que se estava a passar em termos de habitação social no Funchal”.

E depois desta afirmação, o que dirão os funchalenses e principalmente as mais de 3.800 famílias que esperam e desesperam por uma habitação social, o que é que estiveram a fazer os executivos socialistas nos últimos 8 anos de governação da nossa capital?

Esta é uma temática que deve preocupar a todos nós, embora o executivo socialista não tenha feito o seu papel nos últimos 8 anos no que toca à habitação social, e não tenha acautelado a problemática do crescendo das pessoas sem abrigo, é uma obrigação da sociedade civil e do governo regional também, todos, trabalharmos no combate destes dois enormes flagelos.

O Funchal necessita novamente de ganhar a sua dimensão de capital, de cidade cosmopolita, de desenvolvimento, de cultura, de qualidade ambiental e de vida, que ao longo desta última década tem vindo a perder, com impacto direto na vida das empresas e famílias funchalenses.

Urge, uma verdadeira mudança, uma consistente confiança, um novo rumo, para podermos levar para a frente o Funchal.

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