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Artigo de Opinião

Deputado

17/09/2022 08:00

Justificar a não recuperação do tempo de serviço aos docentes a nível nacional, tal como aconteceu na Madeira e nos Açores, com o argumento que quem paga as reformas não são os orçamentos regionais mas o orçamento nacional e que se fosse Espanha a pagar também recuperava o tempo de serviço aos professores que trabalham no continente é de uma desonestidade separatista ensurdecedora. Todos os professores descontam ao longo da sua carreira para a caixa geral de aposentações e é por essa via que se pagam as reformas, independentemente da região e da escola em que o professor lecionou.

Na verdade, o que as declarações de João Costa revelam, para além de porem a nu a incompetência de quem dirige a educação e a desvalorização que faz à carreira dos professores, é uma profunda desconsideração para com as autonomias regionais, com os seus órgãos de governo próprio e a promoção de um sentimento de separatismo dentro do país, quando aponta como solução para a sua incompetência um país estrangeiro. Confesso que passados 46 anos da implementação da autonomia nunca pensei ouvir tamanha barbárie da boca de um governante da República, muito menos com a pasta da Educação. As palavras ficam com quem as profere e, neste caso, para além da falta de seriedade das mesmas, fica claro o sentimento e a visão de um governante para com as regiões autónomas do seu país! Seja sério, Sr. Ministro, demita-se! Como até é professor, vá dar aulas para Espanha!
José Costa, Secretário de Estado do Mar, na conferência "Ilhas Selvagens - Área Marinha Protegida" foi efetivamente sério e claro no alinhamento nacional para com as políticas regionais de conservação da biodiversidade. O governante, que representou o Governo da República na abertura da conferência promovida pelo Fórum Oceano, com o patrocínio do Governo Regional, usou mesmo a expressão "estamos alinhados", quando se dirigiu aos representantes do Governo Regional, e foi inequívoco quanto à visão e contributo que a RAM dá ao país com a criação da maior área marinha protegida do Atlântico Norte, nas 12 milhas à volta das Selvagens. Afirmou que "este bom exemplo da Madeira é muito importante para o país" e para o cumprimento nacional dos 30% de área marinha protegida até 2030. Para além de uma intervenção séria, o Sr. Secretário de Estado não teve pejo em demonstrar a comunhão de ações executivas que se complementam e alinham entre governos nacionais e regionais, valorizando a autonomia ao serviço da conservação das espécies. É sério também dizer que o mesmo o fez a Sr.ª Ministra da Defesa, Helena Carreiras, no seu discurso de encerramento da conferência.


P.S. Curiosamente não vi nenhum socialista regional a assistir à conferência. Provavelmente por seriedade e alinhamento, uma vez que não apoiaram o DLR que expandiu a área marinha protegida das Selvagens. Os atos ficam com quem os pratica!

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