MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

6/10/2024 03:30

As alterações climáticas são uma realidade incontornável. Quem o diz é o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres assumindo ser “absolutamente evidente que o agravamento dos incêndios em Portugal, o agravamento das cheias na Nigéria e um conjunto de outros desastres que vemos multiplicar por toda a parte do mundo tem uma relação directa com o agravamento da crise climática”.

Na Madeira, bem como em Portugal Continental, as elevadas temperaturas, vento forte e baixa humidade foram os ingredientes da trágica combinação que resultou em incêndios que lavraram pelas nossas serras de forma impiedosa. Na Madeira, perdemos cerca de 5 mil hectares, mas conseguimos salvaguardar e garantir o que mais importante existe, a segurança dos nossos bombeiros, a vida dos nossos cidadãos e os seus bens.

Nunca será demais agradecer a todos os homens e mulheres que estiveram no teatro de operações, a todos aqueles que deram o seu tempo, aplicaram a sua força e demonstraram a sua resiliência perante a crueldade e impiedade da natureza.

Verde: Comandante Pio Fernandes

Ao contrário de certos partidos que dizem querer “um cabal esclarecimento operacional e técnico relativo aos incêndios que assolaram a ilha da Madeira em agosto de 2024” mas que só queriam ouvir os políticos, ou seja, os técnicos, os operacionais, os homens que estiveram efectivamente no terreno ficavam de fora, o PSD Madeira convocou e bem, o Comandante dos Bombeiros Mistos da Ribeira Brava e Ponta do Sol, Pio Fernandes. A intervenção inicial do Sr. Comandante podia perfeitamente ser a conclusão de todo este processo levantado apenas na tentativa de criar instabilidade política. O comandante foi peremptório quando garantiu que o combate foi eficaz, que teve os meios adequados e necessários, perante a situação excepcional a que foram postos à prova. Tudo o resto é pão e circo.

Amarelo: O fait divers dos Juntos Pelo Populismo

Não há audição parlamentar, sai um debate potestativo. Não sai debate potestativo, sai novo pedido de audição parlamentar. Assim se entretêm os deputados do JPP, cujo objectivo é sempre o de criar ruído, confundir a opinião pública e castigar a ex-noiva da noite das últimas eleições regionais. Entre o PS e o JPP, há pouca diferença, mas há um tema que os une, ambos querem ser o pai da audição e da comissão de inquérito parlamentar.

Vermelho: O assassinato da autonomia da Madeira

A Madeira e os madeirenses já estão habituados a serem desconsiderados, destratados e espezinhados pelo partido socialista e pelos sucessivos governos socialistas. A indiferença, o abandono e a falta de solidariedade não são certamente novos, mas faltam palavras para adjectivar o mais recente golpe do partido socialista à nossa Região Autónoma. O requerimento do Partido Socialista para audições parlamentares aos incêndios da Madeira, na Assembleia da República é uma facada nas costas de todos os madeirenses e autonomistas. O golpe desferido configura-se um ataque sem precedentes à Madeira e à nossa autonomia. A traição perpetrada pelo PS-Madeira, anunciada com toda a pompa e circunstância, por uns deputados, supostamente da Madeira e teoricamente eleitos para defenderem a Madeira na Assembleia da República, é dos números mais ridículos, vexatórios e penosos a que todos já assistimos. O PS-Madeira passa o verdadeiro atestado de incompetência aos seus deputados regionais, assume claramente a sua incapacidade e escolhe o seu filho preferido. Paulo Cafôfo, presidente do PS-Madeira e deputado regional, assobia para o lado para que não se perceba a sua dupla condição, por um lado o executante e por outro o executado.

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