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Cafôfo recusa aprovar Programa de Governo que “é uma moção de confiança” a quem a Região não deve confiar

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
02 Julho 2024
11:31

“Nada mudou. Não sabemos o desfecho da votação dos partidos”, começou por afirmar Paulo Cafôfo, esta manhã, em conferência de imprensa, sobre o Programa de Governo e as negociações mantidas entre o executivo e os partidos com vista à viabilização do documento. O PS mantém o voto contra na discussão agendada para quinta feira.

“Nós não vamos votar o programa de governo, vamos votar uma moção de confiança” a Miguel Albuquerque, através de um documento que foi aceitando “molhos de propostas dos partidos”.

Reforçando o que já tinha afirmado de que estas negociações são “uma farsa e uma encenação”, Paulo Cafôfo sublinhou que “era escusada esta novela de má qualidade”.

Sobre acusações ao PS, no dia da Região, de que o partido estava a ser “uma força de bloqueio”, o líder socialista comentou as declarações do presidente do parlamento regional sobre quem estava a bloquear a Região. “Se fosse pelos votos do eleitorado, José Manuel Rodrigues nunca seria presidente”, já que teve uma percentagem baixa de votos.

O único interesse de José Manuel Rodrigues “é manter as mordomias na assembleia e o seu umbigo”, acusou.

Paulo Cafôfo quis voltar a denunciar “a verdadeira máfia que tem governado a Madeira”, esclarecendo que não se refere aos empresários, mas sim ao PSD e às forças “de bloqueio”.

”A única forma disto acabar é com uma mudança”, sublinhou Paulo Cafofo, considerando que o eleitorado não deve cair em “esparrelas”, votando em partidos que dão o voto depois ao PSD. O socialista entende que o próprio Miguel Albuquerque é “uma força de bloqueio” à Região, porque o processo judicial se mantém no tempo. Afirmando que acredita na presunção da inocência, Paulo Cafofo entende que o presidente do governo quer proteger-se do processo através da imunidade, “para não responder à justiça” sobre o que o levou a ser arguido num processo sobre alegada corrupção.

Críticas ainda ao Chega, que afirmava que não ia viabilizar o governo com Miguel Albuquerque. Mas, “o Chega é igual ao PSD”, afirmou, acusando ainda o partido de ser mandado por André Ventura, a partir de Lisboa.

Desde que o governo esta em gestão, disse ainda Paulo Cafofo, foram publicadas 333 resoluções no JORAM e encontramos ali de tudo”, como apoios a clubes desportivos, associações e obras. Isto para afirmar que o governo tem procurado “instalar o medo”, com “chantagens” de que a Madeira para sem a aprovação do Orçamento regional.

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