O presidente do Governo Regional não coloca de parte a hipótese de vir a ser realizado um voo charter entre a Madeira e a África do Sul.

Em declarações aos jornalistas, à margem da visita que efetuou à empreitada já concluída da Ribeira Grande de Santo António, no Funchal, Miguel Albuquerque foi questionado sobre essa possibilidade, à semelhança do que vai acontecer este verão, com a ligação direta da Madeira e Caracas, na Venezuela, como noticiou ontem o DN-Madeira. Mas, reafirmou a sua opinião de que com a TAP a fazer a ligação a Joanesburgo, na África do Sul, seria "uma utopia".

O governante entende que "a operação para a África do Sul é altamente concorrencial". Seria fundamental criar mercado, o que passa por ter "preços concorrenciais", uma área onde o governo regional "tem dificuldade em criar isso porque não trabalha no ramo, nem se vai meter na aviação nem nas agências de viagens", clarificou. Mas, entende que "pode ser uma possibilidade".

Até porque, "o que aconteceu com a Venezuela foi a constatação que havia poucas ligações", como chegou a expor à anterior responsável pela TAP, que explicou que a Transportadora não tinha aeronaves disponíveis para o efeito.

"O que eu acho, neste momento, é que se houver a possibilidade de uma agência ou uma companhia aérea o queira fazer, é uma questão de testar o mercado sul-africano, porque toda a gente prefere o voo direto, mas é preciso que os voos tenham afluência suficiente para o efeito".

Já relativamente ao anúncio da ligação direta entre Madeira e Caracas, Albuquerque disse que é "uma boa notícia", da companhia EuroAtlantics. E acrescentou: "se nós dependêssemos dos anúncios do Governo e da Secretaria de Estado das Comunidades, penso que não vinha nenhum voo". Recorde-se que Paulo Cafôfo tinha anunciado um voo charter que não chegou a se concretizar.

"Esta ligação é essencial sobretudo para os nossos conterrâneos que vivem na Venezuela e que têm muitas saudades da sua terra natal. Acho que vai ser um sucesso".

Paula Abreu