O Chega, através do deputado Francisco Gomes, eleito pela Madeira para a Assembleia da Repúblico, alertou para o fato de que, segundo o Relatório de Migração e Asilo, em 2023, o número de cidadãos estrangeiros residentes em Portugal aumentou, com um crescimento de 33,6% em relação ao ano anterior, totalizando, hoje, 1.044.606 pessoas. O partido também apontou que os dados fornecidos pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) revelam que, em apenas seis anos, o número de estrangeiros legais em território português mais do que duplicou, passando de 480.300, em 2017, para mais de um milhão, em 2023.
Com base nos dados divulgados, Francisco Gomes criticou as políticas de imigração que têm sido seguidas pelo atual governo, considerando que o “crescimento da comunidade imigrante exerce uma pressão que carateriza como insustentável sobre pilares essenciais da sociedade portuguesa, entre os quais a Saúde, a Educação e a Segurança Pública”.
“Os impactos negativos e preocupantes da imigração desordenada já são visíveis em várias zonas do continente, onde conflitos culturais e tensões sociais estão a surgir com cada vez mais frequência devido à presença de pessoas que não respeitam o país que as acolheu, que desprezam a nossa cultura e que procuram impor os seus hábitos, em vez de respeitarem os que cá nasceram e cá vivem desde sempre”. disse.
Para Francisco Gomes, a política de “portas abertas” que, na sua ótica, está a ser seguida pelo atual governo é “irresponsável e está a converter Portugal num país vulnerável às consequências da integração mal gerida”. O deputado também alertou que a Região Autónoma da Madeira, “embora geograficamente distante de Portugal continental, não está imune às ameaças que já se fazem sentir no resto do país”.
“É um erro crasso pensar que a Madeira está protegida das situações preocupantes que assistimos noutras partes do país. A verdade é que a Região está grandemente exposta aos riscos associados à imigração descontrolada e o governo regional não tem adotado quaisquer medidas para proteger as fronteiras ou para compreender os fatores que já estão a causar problemas em tantos pontos do país”, apontou.
O Chega reiterou que o crescimento exponencial do que entende como “imigração sem controlo” não é “sustentável” e exigiu uma “resposta firme por parte do governo, tanto a nível nacional como regional, para evitar que Portugal se torne um país à mercê de conflitos sociais, tensões culturais e desafios de segurança que ameaçam a estabilidade e a identidade nacional”.
“Andamos a exportar os nossos melhores, a importar tudo o que aparece e, ainda por cima, a lhes dar subsídios, que são pagos pelos portugueses que trabalham. Não é assim que se constrói um país, mas um fosso terceiro-mundista. É nesse caminho que vamos e, em breve, será tarde demais”, rematou Francisco Gomes.