O Chega-Madeira volta a exigir uma nova votação na Assembleia Legislativa da Madeira (ALRAM) para reverter a decisão recentemente tomada, considerando que esta não reflete os verdadeiros interesses da região. O partido sublinha que deveria ser precisamente na própria Assembleia que a decisão deve ser corrigida, apesar de já ter recorrido a entidades superiores, reforçando a importância do parlamento regional como espaço central da democracia madeirense.
“É fundamental que esta Assembleia demonstre maturidade democrática e reavalie uma decisão que consideramos prejudicial para os madeirenses. É aqui, neste espaço, que se deve corrigir o que está errado”, afirmou o Chega.
O partido também criticou o presidente da Assembleia, José Manuel Rodrigues, que, durante a votação, alegou ter dúvidas e acabou por se abster. “O presidente da Assembleia não pode refugiar-se na dúvida e abster-se num momento tão determinante. A sua postura enfraquece a credibilidade do parlamento e favorece a prepotência de Miguel Albuquerque”, acusou.
O Chega destacou ainda que uma eventual gestão por duodécimos, mesmo que temporária, não representaria um problema para a Madeira. “A narrativa de caos e paralisação defendida por Albuquerque é contraditória, sobretudo quando ele próprio se vangloria do crescimento económico da região. A Madeira não depende exclusivamente da sua visão autoritária”, argumentaram, “ o próprio demitiu se em fevereiro de 2023 na sequência das investigações ‘Zarco’ à beira da discussão de um orçamento regional, deixando a região sem orçamento mais de 8 meses”.
Por fim, o partido reforçou o apelo à união dos deputados da ALRAM para reverter a decisão tomada e exigir mais transparência e equilíbrio na gestão da região. “Se ser incisivo é ser agressivo, que assim seja. Queremos a moção agora. O futuro da Madeira deve ser decidido com coragem e não com submissão”, concluiu o Chega.