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“Compensa mais ser bandido que oficial de justiça” diz Francisco Gomes

Data de publicação
14 Novembro 2024
14:15

Francisco Gomes, deputado do Chega à Assembleia da República eleito pela Madeira, acusou hoje a ministra da Justiça de falta de empenho na melhoria das condições de trabalho nos tribunais da Região, um assunto que classificou como “sério e urgente”.

Em comunicado, o parlamentar madeirense faz saber que exigiu a Rita Alarcão Júdice que “clarificasse se as bancadas do PSD e do CDS, que suportam o atual governo, vão votar a favor de uma iniciativa já submetida pelo CHEGA, que prevê a criação de um subsídio de insularidade para os oficiais de Justiça que trabalham regiões autónomas”.

“Os espaços onde se pretende exercer a Justiça estão desprovidos de dignidade, o que é reprovável, pois cada tribunal em mau estado representa um desrespeito para com a essência da Justiça, para com os que trabalham no sistema judicial e para com os cidadãos que a ele recorrem”, declarou Francisco Gomes.

O deputado do Chega criticou também o governo da República por não encarar a recuperação dos tribunais nas regiões autónomas e a melhoria das condições de trabalho dos oficiais da Justiça que lá estão sedeados com a prioridade que, a seu ver, os assuntos merecem. Na sua opinião, isso acontece porque o governo do PSD está mais interessado em assuntos que não têm significado no contexto da sociedade portuguesa.

“Temos um governo que não poupa quando toca à doutrinação infantil, aos apoios à agenda globalista, ao financiamento das organizações gay e às viagens dos ministros. E estas tristes prioridades mostram que o executivo não passa de uma versão trasvestida do socialismo de tão má memória”, sublinhou.

A concluir, adianta a mesma fonte, “argumentou com a ministra que a Justiça não precisa de demagogia, nem discursos vazios, mas de ação e trabalho” e sublinhou que, a seu ver, é “ridículo” que as prisões estejam em melhor estado do que os tribunais e que os reclusos estejam mais bem acomodados que os oficiais de Justiça.

“Nas regiões autónomas, mais vale ser bandido do que oficial de Justiça. Por isso, o que exigimos é que o seu governo assuma as responsabilidades que lhe competem e pare de brincar com a cara dos madeirenses”, reforçou.

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