Jardim teceu duras críticas à Justiça portuguesa, a quem acusa de também ser protagonista da instabilidade que se vive na Região, embora não seja a única razão. “A instabilidade surge, primeiro porque o PSD perdeu a maioria absoluta. E depois porque a Justiça não funciona como deveria num país democrático”, referiu à CNN Portugal.
Sobre a Justiça, aliás, critica o País por permitir que “não tenha prazos”. “Levanta-se a suspeição sobre uma pessoa e depois demora-se um tempo enorme a dizer se se confirma ou não. Impróprio de um país democrático”, acrescentou.
Dá, inclusivamente, os exemplos de Espanha e Itália, onde aponta que a “Justiça começou a interferir na política” violando a separação de poderes. Considera que “isso está a acontecer em Portugal”, encontrando “tentativas de golpes de Estado dissimulados”, onde se procuram “desprestigiar os titulares” de cargos públicos e “levantar suspeitas”. Por isso, apela a uma mudança do sistema jurídico. “É preciso rever o sistema jurídico português, no sentido de o aparelho judicial não tentar golpes de estado dissimulados através dos poderes que tem de protelar a suspeição sobre as pessoas”.