O deputado do Chega à Assembleia da República Francisco Gomes, eleito pelo círculo da Madeira, questionou hoje o Ministro da Educação, Fernando Alexandre, sobre o futuro do Instituto Superior de Administração e Línguas (ISAL).
Recorde-se que esta instituição viu, recentemente, a sua continuidade ameaçada pela decisão da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) de não renovar a sua acreditação.
Numa das audições integrada na discussão do Orçamento de Estado na especialidade, o parlamentar do Chega expressou a sua profunda preocupação face ao que considera ser um “um cenário inquietante para com o ensino superior madeirense”, sublinhando que a decisão afeta diretamente “as aspirações de estudantes e docentes”.
De acordo com um comunicado do gabinete de imprensa, o deputado enfatizou a importância do ISAL enquanto pilar na formação de profissionais em áreas como o Turismo e a Gestão de Empresas, setores que, segundo o deputado, “sustentam grande parte da economia regional e garantem a qualificação de gerações de madeirenses”.
Francisco Gomes perguntou ao ministro sobre as medidas que o Governo pretende tomar para assegurar que o ISAL continua a desempenhar o seu papel crucial, face ao que classifica como uma decisão contraditória e, a seu ver, porventura desprovida de fundamentação justa.
“O parecer da Comissão de Avaliação Externa, que recomendava a acreditação, ainda que condicionada, parece ter sido ignorado pela A3ES, o que constitui, no mínimo, um possível desrespeito pelos procedimentos e pelas expectativas da comunidade educativa,” destacou.
Na opinião de Francisco Gomes, “tal decisão cria um clima de instabilidade que prejudica os cerca de cento e cinquenta alunos matriculados e dezenas de docentes e pessoal auxiliar, cujas vidas académicas e profissionais encontram-se agora suspensas na incerteza”.
Apela a uma análise minuciosa, por parte do Ministério da Educação e da Direção-Geral do Ensino Superior, do processo de acreditação do ISAL, solicitando imparcialidade e transparência nas decisões.
“É imperativo que o Governo assegure um tratamento digno e justo às instituições de ensino da Madeira e que, sobretudo, não permita que decisões menos fundamentadas coloquem em risco o direito à formação e o desenvolvimento de competências essenciais para a nossa economia”, defendeu.
Francisco Gomes finalizou a sua inquirição sublinhando que irá acompanhar de perto a evolução deste processo, reiterando o seu compromisso com a defesa do ensino superior na Região Autónoma da Madeira. “Não podemos permitir que interesses externos comprometam o futuro de uma instituição que tem contribuído de forma importante para a qualificação e desenvolvimento da nossa juventude,” concluiu o deputado, apelando a uma tomada de posição firme e imediata por parte das entidades competentes.