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Marido faleceu a 10 de maio e a 15 de maio foi despejada

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
25 Dezembro 2024
12:30

Irene Correia, de 69 anos, vivia há 45 numa casa arrendada, com o marido, entretanto falecido, que já morava nessa habitação há 55 anos. Foi ali que criou a sua filha Ana, atualmente com 37 anos, e em situação de invalidez, devido a uma deficiência motora que lhe afeta ambos os joelhos.

A família foi informada pelo senhorio de que teria de sair da casa, na Achada, onde pagava uma renda antiga e não conseguia pagar os valores atualizados que o proprietário exigia. O processo passou para uma ação de despejo.

Num ano indescritivelmente difícil para Irene e Ana, o marido da nossa entrevistada faleceu no dia 10 de maio, vítima de um AVC. “No dia 15 de maio, estávamos a ser despejadas”, conta-nos a viúva, com a voz embargada, enquanto a filha já limpava as lágrimas, ao ouvir o relato da progenitora. “Tivemos de deixar tudo para trás, as nossas coisas todas. Tínhamos uma casa tão boa, nunca passamos por uma situação destas”.

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