Irene Correia, de 69 anos, vivia há 45 numa casa arrendada, com o marido, entretanto falecido, que já morava nessa habitação há 55 anos. Foi ali que criou a sua filha Ana, atualmente com 37 anos, e em situação de invalidez, devido a uma deficiência motora que lhe afeta ambos os joelhos.
A família foi informada pelo senhorio de que teria de sair da casa, na Achada, onde pagava uma renda antiga e não conseguia pagar os valores atualizados que o proprietário exigia. O processo passou para uma ação de despejo.
Num ano indescritivelmente difícil para Irene e Ana, o marido da nossa entrevistada faleceu no dia 10 de maio, vítima de um AVC. “No dia 15 de maio, estávamos a ser despejadas”, conta-nos a viúva, com a voz embargada, enquanto a filha já limpava as lágrimas, ao ouvir o relato da progenitora. “Tivemos de deixar tudo para trás, as nossas coisas todas. Tínhamos uma casa tão boa, nunca passamos por uma situação destas”.
Leia mais na edição impressa de hoje.