300 dias depois da investigação que abalou a Madeira, no âmbito da megaoperação da Polícia Judiciária que envolveu várias buscas e na qual o presidente do Governo Regional é o principal arguido, o Expresso revela que Miguel Albuquerque ainda não foi ouvido pelo Ministério Público.
De acordo com o semanário nacional, através da edição online, o presidente do Governo Regional da Madeira já pediu duas vezes para ser ouvido. Porém, alegadamente sem sucesso.
Recorde-se que Miguel Albuquerque foi um dos nomes visados na operação judicial que decorreu no início deste ano.
Na sequência dessa investigação e dos elementos que apontam Miguel Albuquerque como um dos visados, a Madeira conheceu uma crise política que levou a eleições antecipadas em maio, poucos meses depois das eleições legislativas de setembro do ano passado.
Agora, depois da operação ‘Ab Initio’, a crise política voltou a pairar sobre a governação regional chegando ao ponto de a oposição, através do grupo parlamentar do Chega, ter apresentado uma moção de censura.
O texto iria ser votado na próxima segunda-feira, mas foi aprovado ontem, em conferência de representantes dos partidos, que a moção de censura fica para 17 de dezembro, na semana a seguir ao debate do Orçamento da Região para 2025.
Apesar desse adiamento, o presidente do Governo continua sob forte contestação dos partidos da oposição e até mesmo entre o próprio PSD-Madeira.
Miguel Albuquerque sempre se disse inocente e de consciência tranquila, mas ainda hoje não é conhecido o teor das suspeitas da justiça em relação ao chefe do Governo Regional, ao contrário do que aconteceu com outros elementos visados nessas investigações, cujo processo foi divulgado pouco depois.
Com a notícia desta tarde do Expresso, sabe-se que Miguel Albuquerque já pediu duas vezes para ser ouvido, mas essa oportunidade ainda não lhe foi assegurada pelo Ministério Público.