Um grupo de residentes e utilizadores frequentes da Estrada de Santo António da Serra apresentou um abaixo-assinado contra a alteração da circulação automóvel na freguesia.
Justificando a indignação, referem que a referida alteração causa muito transtorno “apenas com a justificação de facilitar o trânsito por causa de umas mera horas aos domingos”.
O abaixo-assinado conta com largas dezenas de subscritores que, numa nota prévia enviada à redação, relembram que no passado dia 19 de outubro “o presidente da Câmara de Santa Cruz e o presidente da Junta de Freguesia, sem qualquer aviso prévio nem justificação, nem consulta aos moradores, residentes e demais pessoas utilizadores com frequência desta via”, alteraram a circulação, “prejudicando em especial quem mora e trabalha nesta localidade, alegando que melhoraria o trânsito/congestionamento existente aos domingos”.
Ora, os cidadãos em causa estranham esta decisão, pelo facto de se verificar “um maior fluxo devido à feira que se realiza todos os domingos”, num intervalo de “umas escassas 3 a 4 horas”.
O grupo relembra que esta localidade acolhe aproximadamente três mil habitantes, quer pertencentes a Machico, quer ao concelho de Santa Cruz, questionando “se a opinião de quem vive e trabalha nesta via não têm qualquer importância?”.
Ademais, dizem que “para quem usa esta estrada agora tem de fazer muitos quilómetros, de um lado para outro, quando em escassos metros fazia a sua vida/trabalho. Existem estradas muito estreitas a servir de dois sentidos, esta estrada principal (larga) passou a um sentido só e os carros continuam a estacionar onde querem e bem entendem sem organização nenhuma”.
Este grupo de moradores refere também o “suposto estudo que o senhor presidente da Junta mencionou num artigo de um diário da Região após manifestação do povo”, dizendo que esse mesmo estudo “não foi divulgado para podermos ter conhecimento e saber quais as justificações que apresentam”.
Assim, concluem, e “como vivemos em Democracia, gostaríamos de respostas a todas as questões e apelamos ao bom senso e empatia dos presidentes em causa para a resolução desta questão”.