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PCP defende aumentos de salários, pensões e subsídio de insularidade

Lígia Neves

Jornalista

Data de publicação
16 Outubro 2024
12:34

Ricardo Lume, no decorrer de uma ação de contacto com trabalhadores realizada esta manhã no centro do Funchal, questionou “se aos trabalhadores da Administração Pública Regional e Local, justamente é atribuído um subsídio para fazer face à insularidade distante porque razão não é reconhecido aos trabalhadores do sector privado direito ao subsídio de insularidade?”

“Será que existem trabalhadores na Região que têm custos de insularidade e outros vivendo no mesmo arquipélago não têm? Será que os trabalhadores da administração pública e os trabalhadores do sector privado não fazem compras nos mesmos supermercados? Será que na aquisição de uma habitação ou no pagamento da renda de casa tanto os trabalhadores do sector público e do sector privado não têm os mesmos custos?”, refletiu o dirigente da CDU.

Ricardo Lume aponta que “não é aceitável que o Governo Regional por submissão aos interesses dos grupos económicos privados, não garanta um tratamento igual a todos os trabalhadores da Região”. “Não existem madeirenses de primeira nem madeirenses de segunda”, frisou, acrescentando que “se é justo um subsídio de insularidade para os trabalhadores da administração pública também é justo que os trabalhadores do sector privado tenham o mesmo direito”.

Mais alertou o dirigente do partido que “é preciso ter cuidado com os partidos da Assembleia Regional que mais parecem os ‘vendedores da banha da cobra’, no passado nunca votaram favoravelmente as propostas apresentadas pelo PCP para garantir o subsídio de insularidade para todos os trabalhadores, agora apresentam-se defensores da medida mas apenas do título, pois uns remetem para a contratação coletiva o que deve ser definido por Decreto Legislativo Regional, no Parlamento madeirense, outros ainda mais populistas defendem que quem deve de pagar o subsídio de insularidade aos trabalhadores é o Orçamento Regional através dos impostos cobrados aos madeirenses e porto-santenses e não a entidade empregadora que beneficia do trabalho dos seus funcionários”.

Ricardo Lume concluiu afirmando que “tendo em conta esta realidade e de forma a garantir justiça a todos os trabalhadores que desempenham funções na Região sejam eles do sector público ou privado é necessária uma forte mobilização dos trabalhadores e da população em geral para fazer ver aos governantes que os madeirenses estão atentos e que vão desenvolver formas de luta reivindicativa até ser garantido o subsídio de insularidade para todos os trabalhadores da Região. Esta é uma justa reivindicação dos trabalhadores que o PCP vai estar na linha da frente para garantir a sua implementação”.

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