O secretário regional de Saúde e Proteção Civil justifica recusa de mais meios nacionais, até agora, porque a Região tem muito mais bombeiros e viaturas de combate aos fogos.
Pedro Ramos reagia assim às perguntas dos jornalistas no centro do Curral das Freiras onde o secretário se juntou ao teatro de operações, quatro dias depois do início do incêndio.
O governante estava de férias, mas garante que tem acompanhado todo o desenvolvimento deste incêndio desde o primeiro dia e tem falado regularmente com o secretário de Estado da Proteção Civil.
Questionado sobre a falta de mais meios aéreos, Ramos deixou duas explicações: primeiro, acha que não é necessário ter mais meios quando o vento forte impede o helicóptero de operar com a frequência desejada; depois, recorda que o helicóptero não tem autonomia para voar de Lisboa até à Madeira.
Quanto aos meios terrestres, Ramos garante que foram empenhados os meios necessários. E recorda que estão junto a este incêndio 54 dos 750 bombeiros da Madeira e 18 das mais de 100 viaturas de combate que existem na Madeira. “Nem 10% dos meios da Região estão a ser utilizados”, explica o secretário.
O que se passa, adianta, é que o fogo começou e continua a estar em zonas inacessíveis. Quando estiver próximo de estradas e habitações, os bombeiros poderão atuar e o contingente pode ser reforçado.
Pedro Ramos adianta ainda que no continente também há incêndios e por isso é melhor não deslocar meios para cá que podem ser lá necessários.
Quando questionado sobre a demora na intervenção política pública e nas críticas da população face às férias do secretário regional e do presidente do Governo Regional, Pedro Ramos desvalorizou referindo que foram tomadas todas as medidas necessárias e que o Governo tem acompanhado o caso.
As mais de 50 famílias retiradas de casa no Curral das Freiras estão a ser acompanhadas por pessoal especializado, nomeadamente um médico e dois enfermeiros. Há também acompanhamento psicológico, disse Pedro Ramos.