O presidente do PS-Madeira defendeu, hoje, a construção de mais habitação a preços acessíveis na Região, quer por parte do Governo Regional, quer incentivando a criação de mais cooperativas habitacionais.
A medida foi revelada esta tarde, na sequência de uma reunião entre o Grupo Parlamentar do PS e a cooperativa de habitação CORTEL, momento em que Paulo Cafôfo voltou a assumir como prioridade a aposta neste setor, para que todos os madeirenses possam ter acesso a uma habitação digna.
O líder socialista referiu que nunca houve a construção de tantas casas como agora, mas constatou que “também nunca houve tanta dificuldade em um madeirense ter acesso a uma habitação, porque aquilo que se está a construir é só para estrangeiros ou gente muito rica”. Como apontou, nem as pessoas mais carenciadas, que precisam de habitação social (há mais de 4.000 famílias em lista de espera na Investimentos Habitacionais da Madeira), nem a classe média e os jovens têm capacidade financeira para adquirir ou arrendar casa.
Paulo Cafôfo apontou o dedo ao Governo Regional por não ter vindo a cumprir as suas obrigações neste domínio, assinalando que o Executivo apenas tem usado as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência negociadas pelo Governo de António Costa, duplicadas para a Madeira. Segundo afirmou, dos 1.121 fogos prometidos, o Executivo já só afirma que vai construir 805, mas, tendo em conta os atrasos que têm vindo a ser observados, até esses o PS desconfia que sejam cumpridos.
O presidente dos socialistas salientou que são necessárias muitas mais casas a preços acessíveis, seja através do investimento do Governo Regional na habitação pública, seja em associação com a sociedade civil, através de cooperativas. “Entre mais construção que é necessária por parte do Governo, mas também mais apoio a estas entidades (cooperativas), podemos ter um outro caminho, dando prioridade àquilo que é verdadeiramente importante, como é a habitação, para que as pessoas tenham um lar com a dignidade que merecem”, reforçou.