A Secretaria Regional da Agricultura, Pescas e Ambiente realizou hoje uma conferência de imprensa para abordar o tema da pesca nas ilhas Selvagens, defendendo que o processo em curso “não é uma pesca livre”, mas a recolha de um conjunto de exemplares de gaiado, com vista a monitorizar a presença desta espécie naquela área e compreender, simultaneamente, as características destes peixes que migram para uma área de reserva.
De acordo com Mafalda Freitas, atual subdiretora do Mar e Pescas, serão capturados, no mínimo, 300 gaiados para este estudo, mas este valor representará apenas 10% da quantidade pescada, já que os restantes 90% servirão de “contrapartida” pelo trabalho de recolha do peixe feito pelos pescadores.
Esta matemática significa que, no mínimo, poderão ser capturados 3.000 gaiados nas Selvagens até ao final do ano, sendo 10% para investigação e 90% para os pescadores venderem.
Há dois dias que já é possível pescar gaiado nas Selvagens e, segundo dito na conferência de imprensa, houve entretanto uma embarcação que obteve autorização para avançar para aquele mar.
Por outro lado, Rafaela Fernandes, secretária regional da Agricultura, Pescas e Ambiente rejeitou que esta solução de captura de pescado nas Selvagens seja uma cedência às exigências do Chega, e garantiu que os esclarecimentos feitos hoje estão alinhados com as recentes declarações do presidente do Governo Regional.