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Bispo atento às guerras e lamenta que amor ao dinheiro esteja acima de outros valores

Data de publicação
31 Dezembro 2024
18:15

O bispo do Funchal considerou, hoje, na Missa de Te Deum, na Sé, que há muito que a sociedade ocidental vive sem rumo certo. D. Nuno Brás, na sua homilia de missa de fim de ano, “adiantou que vivemos dominados por ideologias que procuram destruir o que somos” e num altura em que o amor ao dinheiro está acima de outros valores.

Numa igreja repleta de fiéis, o bispo da Diocese acrescentou que abraçamos um estilo de vida que tem como último critério o momento presente e os pequenos prazeres de que, agora, o eu é capaz. Um estilo de vida, prosseguiu, que diz ser impossível a salvação.

Egoístas por natureza, adiantou o Bispo do Funchal, estamos condenados a sugar presente, a viver num contínuo ‘carpe diem’.

No entender de D. Nuno Brás, o grande motor deste estilo de vida tem sido a economia, à vida do lucro no presente e julgando que o dinheiro pode comprar tudo. Uma economia que “tem colocado o amor do dinheiro acima de outros valores”. Mesmo do próprio ser humano.

Na homilia da missa desta tarde, D. Nuno Brás disse não espantar que, ao longo dos últimos meses, muitos tenham visto os seus rendimentos reduzidos, tornando difícil, por vezes impossível, a sua vida familiar.

O bispo adiantou ainda que mesmo a política se tem feito da instabilidade do Mundo.

Ela [a política] “que deveria cuidar do modo de viver na cidade”, prosseguiu.

E adiantou ainda que a democracia tem sido fragilizada, incapaz de reagir aos ataques de que é vítima. Falou das guerras por todo o Mundo e disse que nem a Igreja tem escapado a este turbilhão, assim como a nossa Região.

”Quase parece que não vivemos num inverno, com passagem para a primavera”, mas sim, “num caminho para o suicídio coletivo”, denunciou.

”Possa o próximo ano ser vivido na alegria da notícia jubilosa do nascimento do Salvador”, desejou.

“Que ele constitua uma oportunidade para, com a graça de Deus, iniciarmos a transformar em primavera este nosso inverno: mudando o que devemos mudar (em nós e à nossa volta), e acolhendo o convite divino que nos chama a peregrinar na esperança até à comunhão definitiva com o Pai”, apelou ainda.

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