O escritor britânico David Lodge, popularizado por uma trilogia de romances ambientada no meio universitário, morreu na quarta-feira aos 89 anos, revelou hoje a editora Vintage Books, do grupo editorial Penguin Random House.
Em comunicado, a editora sublinha o “sucesso internacional e a influência literária” do percurso de David Lodge, que passou pela crítica literária, escrita de biografias, peças de teatro e argumentos para televisão e que atestam a capacidade de um escritor “fascinado por tudo o que a palavra escrita poderia alcançar”.
David Lodge, que estava a poucos dias de celebrar 90 anos, nasceu a 28 de janeiro de 1935 em Dulwich, perto de Londres, estudou Literatura e começou por se dedicar ao ensino na Universidade de Birmingham, um trabalho que manteve em paralelo à escrita até finais dos anos 1980.
Grande parte da obra de David Lodge saiu em Portugal, nomeadamente a popular trilogia publicada entre os anos 1970 e 1980, escrita com uma ironia mordaz e inspirada na sua experiência universitária: “A troca - Uma história de duas universidades”, “O mundo é pequeno” e “Um almoço nunca é de graça”.
O segundo e terceiro volumes desta trilogia chegaram a ser finalistas do prémio Booker.
Traduzido em mais de vinte línguas, David Lodge publicou ainda “O museu britânico ainda vem abaixo”, “Terapia”, “Histórias de verão, contos de inverno”, três volumes de memórias e também ensaios, como por exemplo “A consciência e o romance”.
Em 1998 foi condecorado pela coroa britânica pelos serviços prestados à literatura contemporânea.
“O seu contributo para a cultura literária foi imenso, tanto através da crítica como dos romances magistrais e icónicos, que se tornaram clássicos”, afirmou a editora de David Lodge, Liz Foley, no mesmo comunicado da Vintage Books.