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Paquistão prolonga permanência de 1,45 milhões de refugiados afegãos

Data de publicação
10 Julho 2024
15:58

O Paquistão anunciou hoje que prolongará a permanência de 1,45 milhões de refugiados afegãos que estão legalmente no país, um dia depois da visita da agência da ONU para os refugiados (ACNUR)

Segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, os refugiados afegãos com documentação apropriada podem continuar no país até 30 de junho de 2025.

Na terça-feira, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, instou as autoridades paquistanesas a prolongar a validade dos cartões de registo - documentos de identidade essenciais.

A anterior prorrogação emitida pelo Governo paquistanês terminou a 30 de junho, o que causou grande incerteza e receio de repatriamento entre os refugiados.

A decisão divulgada hoje ocorre após uma ação de repressão contra os imigrantes, muito criticada, que teve início no ano passado e que visava todas as pessoas sem documentos válidos, independentemente da sua nacionalidade, obrigando que cerca de 600.000 afegãos tivessem de regressar a casa.

Esta repressão terá sido suspensa, sem que tenha existido uma explicação oficial, mas no final da sua visita de três dias, em que se encontrou com refugiados afegãos e funcionários paquistaneses, Grandi manifestou o seu apreço pelo facto de o repatriamento de pessoas sem documentos ter sido suspenso.

As agências das Nações Unidas condenaram a expulsão forçada de afegãos do Paquistão, afirmando que poderia conduzir a graves violações dos direitos humanos como a separação de famílias e a deportação de menores.

Apesar de o Paquistão ter vindo a deportar sistematicamente os afegãos que chegaram ao país sem documentos válidos, a atual repressão não tem precedentes em termos de escala

Há muito que o Paquistão acolhe cerca de 1,7 milhões de afegãos, a maioria dos quais fugiu durante a ocupação soviética do seu país em 1979-1989. Mais de meio milhão de outros fugiram após a tomada do poder pelos Talibãs em 2021, com milhares à espera de reinstalação nos Estados Unidos e noutros países.

Os afegãos sem documentos estão separados dos refugiados que estão registados junto das autoridades e do ACNUR, embora a repressão tenha suscitado preocupações também entre as comunidades de refugiados.

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