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“Câmara do Funchal não sabe zelar pelo património comum”, acusa Nuno Morna

Data de publicação
19 Novembro 2024
9:56

Nuno Morna, deputado único da lniciativa Liberal na Assembleia Regional, leva ao plenário o projeto de resolução intitulado ‘recomenda ao Governo Regional da Madeira que declare as Muralhas do Funchal como tendo Valor Cultural Regional, passando-as para a sua alçada, uma vez que a Câmara Municipal do Funchal não sabe zelar por este património comum a todos os madeirenses”.Na sua oratória justificativa, Nuno Morna não se poupou nas críticas os executivos municipais, dizendo mesmo que relativamente ao atual está à espera de uma resposta, sobre esta matéria, há mais de cinco meses.

“As Muralhas do Funchal são um património histórico e cultural de inestimável valor para a Região Autónoma da Madeira. Foram construídas no século XVI para proteger a cidade dos ataques piratas e são um símbolo da cidade”, disse.

Ora, “a Câmara Municipal do Funchal autorizou a construção de um edifício sobre as Muralhas, o que constitui um verdadeiro atentado ao património. O edifício destruiu uma parte das Muralhas e irá prejudicar a sua visibilidade e valor histórico”.

“A destruição das muralhas do Funchal representa um atentado arquitetónico à rica história e património da cidade. Estas antigas fortificações, testemunhas do passado e guardiãs de memórias, são elementos que contam a saga da cidade ao longo dos séculos”, disse.

“As muralhas são verdadeiras guardiãs da história e cultura da cidade A destruição das muralhas na Rua Major Reis Gomes é um crime. Não compromete apenas a integridade física da cidade, mas também dilui a ligação entre o presente e o passado, privando as gerações futuras de uma parte fundamental da sua herança”, clamou.Nuno Morna diz que “a preservação do património, como o são estas muralhas, é essencial para manter viva a narrativa da evolução da cidade. A destruição destas estruturas é um golpe na identidade local, resultando em perdas irreparáveis para a herança coletiva”.“Que progresso é este que precisa de destruir o que temos do passado””, questionou, lembrando que “não se constrói uma cidade virando-lhe as costas” e “quem não sabe cuidar do seu passado não merece um bom futuro”, foram outras considerações vincadas pelo deputado da IL.

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