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Ucrânia: Portugal entre dezenas de países que reafirmam na ONU apoio a Kiev

Data de publicação
19 Novembro 2024
22:39

Dezenas de países, incluindo Portugal, reafirmaram hoje na sede das Nações Unidas (ONU) o seu apoio à “soberania, independência e unidade da Ucrânia” e exigiram a retirada imediata das forças russas do território ucraniano.

“Esta guerra tem de parar”, instou o embaixador ucraniano na ONU, Sergiy Kyslytsya, ao ler um comunicado em nome de cerca de cinquenta Estados e que assinalava o milésimo dia da invasão da Ucrânia pela Rússia.

“Reafirmamos o nosso apoio à soberania, independência, unidade e integridade territorial da Ucrânia”, frisou o diplomata, rodeado por representantes de vários aliados de Kiev, incluindo dos Estados Unidos, Reino Unido, Portugal, França, Japão, Austrália, Canadá, Suíça, Argentina, Coreia do Sul ou da União Europeia.

No comunicado, lido em Nova Iorque, foi repetida a exigência para que Moscovo cesse o uso da força contra a Ucrânia e retire “imediata, completa e incondicionalmente as suas forças militares do território ucraniano dentro das suas fronteiras internacionais reconhecidas”.

Os Estados condenaram ainda os contínuos ataques indiscriminados da Rússia a áreas residenciais densamente povoadas e a infraestruturas civis críticas na Ucrânia, que fazem elevar o número de mortos, deslocamentos e destruição diariamente.

“Mil dias de guerra são um lembrete trágico da necessidade de continuarmos empenhados em garantir que o direito internacional prevaleça não apenas na Ucrânia, mas onde quer que seja desafiado”, acrescentaram os signatários.

Questionado por jornalistas sobre a escalada do conflito nas últimas horas, o embaixador ucraniano advogou que a única forma de fazer com que Moscovo concorde com negociações é através da “força”.

“Temos de fazer com que os russos se sentem à mesa de negociações e a única maneira de fazer isso é pela força”, defendeu Kyslytsya.

“Temos que estar unidos para evitar a guerra. Não acredito que alguém na liderança russa seja corajoso o suficiente para cometer suicídio. As pessoas são muito fracas na Rússia”, acrescentou o diplomata, ao comentar a escalada da retórica sobre uso de armas nucleares.

O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje um decreto que alarga a possibilidade de utilização de armas nucleares, depois de os Estados Unidos terem autorizado Kiev a atacar solo russo com mísseis de longo alcance fornecidos por Washington.

A guerra na Ucrânia começou há mil dias com a invasão russa de 24 de fevereiro de 2022.

O conflito provocou a maior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial.

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