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Artigo de Opinião

Presidente da Câmara Municipal de Porto Moniz

20/07/2024 08:00

Por alturas da comemoração do 189.º Aniversário do concelho de Porto Moniz, data este ano coincidente com a abertura da Semana do Mar, muitos são os motivos para sentir-me satisfeito enquanto autarca.

Depois de já ter entrado em funcionamento o Ecocentro do Porto Moniz, uma obra que muitos consideram acima da dimensão do nosso concelho, mas que demonstra uma visão de futuro, decorre em excelente ritmo a construção do Caminho do Covão, projeto cuja execução está orçada em 1.4 milhões de euros, financiado a 100% pelo PRODERAM2020, e que uma vez concluído se assumirá como uma importante resposta no que concerne ao combate dos incêndios florestais.

O Caminho do Covão é um projeto de um executivo socialista que trabalhou de forma afincada para poder obter financiamento para uma obra que ninguém tem agora dúvidas de que é estruturante, não só para o Porto Moniz como para os concelhos vizinhos.

Cria-se, com este caminho, uma nova porta de entrada no concelho do Porto Moniz, através da freguesia das Achadas da Cruz, com vantagens diversas não só para esta freguesia e para a zona alta do Porto Moniz em particular, mas para o concelho do Porto Moniz e da Calheta em geral.

Com uma extensão de quase 3 quilómetros, a infraestruturação do Caminho do Covão contempla uma rede de água para combate a fogos florestais, composta por seis hidrantes, numa extensão de 517m em tubo de ferro fundido.

Graças ao projeto pelo qual a Câmara Municipal do Porto Moniz se debateu incansavelmente surgirá também um tanque com capacidade para 700 m3 de água que permitirá o abastecimento do helicóptero de combate a incêndios.

A edificação deste tanque assume-se de grande importância, uma vez que contribuirá para o rápido controlo das chamas em meio florestal, não só nas Achadas da Cruz e zona alta do concelho de Porto Moniz, mas também em localidades como a Ponta do Pargo ou Prazeres, zonas a partir das quais têm deflagrado vários dos incêndios que assolam o Porto Moniz, lavrando a partir de zonas de floresta para zonas habitacionais colocando em risco pessoas e bens.

Só quem nunca se viu rodeado por chamas desvalorizará uma obra desta envergadura que a estar concluída no passado mês de outubro poderia ter feito toda a diferença. Nunca saberemos, mas sabemos que a concretização deste projeto nos deixará melhor preparados na eventualidade de ocorrerem, futuramente, situações semelhantes.

A luta foi dura, a “caça” aos pareceres foi penosa e deveras desgastante, mas nada nos demoveu do objetivo, até porque no meu percurso de autarca nunca, em situação alguma, me escancararam portas, pelo contrário, muitas vezes fui confrontando com o seu encerramento repentino e injustificado. Numa situação normal isso seria motivo para baixar os braços, mas a mim e aos que me acompanham isso tem-nos dado mais força e tornado as conquistas mais motivadoras.

Não tenho dúvidas de que a construção do Caminho do Covão, além dos benefícios diretos no que concerne aos fogos florestais, trará novas dinâmicas à freguesia das Achadas da Cruz com repercussões económicas e até mesmo demográficas.

Este desafio foi difícil, mas está superado. E agora?

Seguimos em frente, tentando abrir mais portas!!

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