Neste Portugal espantoso e face a um vazio inaceitavelmente estabelecido, o “socialismo” como que se tornou “religião oficial do Estado”.
Transformado num mito, do qual grande parte dos portugueses nem faz ideia do que isso seja.
Acreditam no “socialismo”, feito a “nova fé”, como solução materialista e consumista.
Apesar de, em Portugal, todos os Governos socialistas terem acabado mal.
Mário Soares nunca chegou ao fim dos três Governos que chefiou.
O inócuo Guterres pura e simplesmente abandonou as suas funções, confessando Portugal se ter transformado num pântano.
Sócrates foi o que foi.
Agora Costa, que a Procuradoria-Geral da República vem dizer “sob investigação”.
Costa que alimentou o crescimento do “chega”, para destruir o PSD e CDS, como se fôssemos todos parvos e não víssemos a jogada irresponsável e saloia.
Costa que começou logo mal, trazendo partidos não-democráticos, PCP e “bloco”, pela primeira vez à área do poder.
Este Governo que caiu agora, então foi um disparate infindável. Começando no verborreico e instável Ministro da Economia, Costa Silva, e as suas correntes mudanças de Secretários de Estado.
Depois o “menino-rico” transvestido de “esquerdista”, Pedro Nuno Santos, de quem a revista “Sábado” de 16 de Novembro último, fala de equívocos relacionados com declarações patrimoniais ao Tribunal Constitucional. Esta criatura, após ter sido o negociador da “geringonça”, anuncia uma localização para o aeroporto de Lisboa, à revelia do Primeiro-Ministro. Este perdoa-lhe após um pedido de desculpas público. Mas é demitido por causa das suas responsabilidades políticas no caso dos quinhentos mil euros de indemnização, pagos pela TAP a Alexandra Reis.
Depois é o escândalo do contrato de um ex-jornalista para consultor do Ministro das Finanças, com um salário superior ao do próprio Ministro.
Entretanto, com o perpetuar-se dos caos na Saúde e na Educação, no Rectângulo, naquele sector até com consequências letais, cai a Ministra da Saúde.
O Secretário de Estado ADJUNTO DO PRIMEIRO MINISTRO também cai, porque acusado do crime de prevaricação pelo Ministério Público.
Com o Ministro João Galamba, o caso vai ao anedótico, desde pancadaria dentro do Ministério, passando pelo inesperado “braço de ferro” entre Costa e Marcelo (tão amigos que eles eram!...), com o Primeiro-Ministro a manter o Galamba contra a posição do Presidente da República. Até agora, em que o indivíduo tem de se demitir porque arguido nos processos que provocam a actual crise política.
E nem a Defesa escapou. O Secretário de Estado, Marco Ferreira, demite-se e é constituído arguido num caso que envolve Quadros daquele Ministério!
Eis mais um “legado” do “socialismo” aos Portugueses. Mas alguns ainda continuarão a votar “chuchialismo”, apenas por uma questão de contornos quase religiosos ou de irracional paixão clubista.
E o PSD do Rectângulo?...
Para que não me acusem de faccioso, manda a verdade transcrever da já citada “Sábado”, o seguinte sobre a privatização da EDP e da REN pelo Governo de Passos Coelho: “Um dos concorrentes, a China Three Borges, que acabou por comprar a EDP, era assessorado pelo Banco Espírito Santo Investimento (BESI) liderado por José Maria Ricciardi. Mais de dez anos depois, as conversas entre Ricciardi e Passos, suspeitas de tráfico de influência, estão num inquérito ainda sob investigação”.
Esta é a “justiça” que temos e que convém recordar Costa haver recusado as propostas de Rui Rio para reformá-la.
Mas, agora, o PSD do Rectângulo?...
É tempo de se deixarem do “politicamente correcto” e de, assim, pararem de fazer o jogo do socialismo/comunismo.
Vou ser directo.
Se o PSD nacional, mesmo sendo o mais votado nas próximas eleições, não conseguir maioria absoluta, nem coligação com o PS - o patriótico “bloco central” indispensável à urgente Reforma de Portugal - em Governo minoritário o PSD não durará uma legislatura, ou arrisca-se desde logo a um Governo socialista com comunistas, nova “geringonça”.
E o PSD também não fará parte do Governo se José Luís Carneiro, ganhando o PS e depois as eleições, não o quiser.
Ridículo, seria este PSD/Montenegro então vir a tornar-se bengala de um Governo socialista.
Com a vitória de Nuno Santos no PS, os dados estarão lançados. Ele definiu o PSD como o “inimigo principal” a abater. Se necessário através de um Governo social-comunista, uma denominada “Frente Popular”.
Então, à “Frente Popular”, há que responder com uma “Frente Democrática”, definindo assim como “inimigo principal” a entrada dos comunistas, PCP e “bloco”, na área do poder.
Pense o que “pense” a Direcção Nacional do PSD.
Os Portugueses andam a ser enganados com essa de “os comunistas são democratas, só no “chega” está o perigo!...”, todos os dias “vendida” nalguma comunicação “social”!
Hoje, o maior perigo para os Direitos, Liberdades e Garantias da Pessoa Humana, em Portugal, advém de um poder comunista.
Quer na Itália, quer noutros países europeus em que a extrema-direita está no poder, em coligação, ela foi “domesticada” e está a governar nos termos das respectivas Constituições democráticas. É a maneira de se lhe tirar o fôlego.
Depois da tragédia histórica que o comunismo acarreta, o PSD nacional não pode ser parvo, entregando-lhes o poder... por causa do “chega”, veja-se!...
É preciso que o Partido Socialista saiba que, optando por uma Frente Popular, terá que se haver com uma Frente Democrática, enrijecida com tudo quanto nem socialista, nem comunista.
É preciso que o Partido Social Democrata e o Partido Socialista tenham o patriotismo de reconhecer que, em Portugal, um “bloco central” tornou-se inadiável.
É que outra “trêta” anda a ser vendida nalguma comunicação “social”, a de que o “bloco central” favoreceria os extremos!...