Aventuras que levam a liberdade do homem nas ondas do mar. Aventuras que o mundo desconhece, mas avisa do perigo dessa liberdade.
Constrói-se, destrói-se e reconstrói-se.
Esquecido do rei dos mares e da vinda do Adamastor, o homem, aventureiro, embarca no desconhecido e leva consigo o egoísmo narcísico do seu ego. Avança!
Eu quero, eu posso e eu mando!
Vê o mar sem obstáculos, sem estradas e com um caminho de regresso num processo artístico de somatizações.
A guerra inicia-se por um amor que não se vê (como dizia Camões).
Sem limites, sem barreiras, o Adamastor grita e ergue os braços em defesa do amor.
Vozes que não se ouvem, choros sentidos e não respeitados, aplausos forçados por pedaços de terra rodeado de mar.
E tudo o homem levou…nomeadamente o sonho de um povo fragmentado em milhões no vazio e no silencio de duas décadas.
Constrói-se, destrói-se e reconstrói-se.
Entre teias, destroços e sonhos iludidos de tanques para deposito de golfinhos, surge novamente o homem aventureiro, querendo devolver ao rei dos mares a coroa que lhe extorquiu.
Iludido na fantasia de um sopro profundo, acreditando que das ondas do mar surgirão as ondinas capazes de devolver ao povo o ouro que lhe foi retirado, o homem volta a aplicar milhões num vazio desconhecido.
Ao desconhecido deu-lhe o nome de Marina que colocou num lugar (a)baixo da ponta onde se cola o sol.