Mas o mundo não é uniforme.
Há países onde o primado da Pessoa Humana é sacrificado ao Estado totalitário e/ou ao domínio do Partido único.
Noutros países, o respeito pela vida humana não é um Valor primeiro como nos países ocidentais, embora a degradação nestes, cada vez mais venha fazendo por anular tal Valor.
Aqui, Putin tem razão quanto à crescente decadência dos países ocidentais.
Por outro lado, também há países cuja tradição civilizacional assenta em autoritarismos geracionais que não se compadecem com o entendimento ocidental das Liberdades cívicas.
Ainda os graves erros da Expansão europeia, principalmente dos séculos XV ao XX, estabeleceram fortes anti-corpos contra os europeus, depois contra o Ocidente no seu todo.
Em muitos casos através de fanatismos religiosos e/ou racismos, seja na África e nos países muçulmanos mais radicalizados, seja na própria América Latina.
O próprio sistema democrático de Economia Social de Mercado derrotou claramente os mitos do marxismo e trouxe melhores condições de vida aos Trabalhadores, do que os sistemas comunistas/socialistas. A verdade é que com algumas injustiças sociais.
Mas na Educação/Formação não soube desmontar o mito da "igualdade material", diferente da Igualdade de oportunidades e de Direitos, Liberdades e Garantias individuais. Assim alimentou a ignorância que as frustrações e invejas somaticamente estabelecem no Ser Humano.
Pior. A descolonização vergonhosa, praticada pelas grandes potências capitalistas, traduziu-se em se verem livres das obrigações que tinham para com as populações dos territórios ocupados. E, em negócios sem escrúpulos, já livres de encargos por exemplo de natureza sanitária, educativa ou social, continuaram a explorar as riquezas desses países através de "classes políticas" corruptas e incompetentes.
A situação no Ocidente agravou-se a partir do século XXI com:
• degradação da respectiva "classe política";
• a filosofia Relativismo a destruir as principais Referências suportes do modo de vida ocidental;
• a confusão consentida entre Liberdade e anarquismo primário;
• consumismo a par do desprezo pelo Dever cívico de trabalhar;
• boçalidade político-partidário de "caça do voto", em vez dos Investimentos necessários e inadiáveis, como por exemplo na Saúde, Habitação, Educação, etc.
• distorção do que deve ser a defesa urgente do Ambiente, por parte de extremismos revolucionários;
• incapacidade de conciliar Autoridade e Democracia;
• inutilidade das Nações Unidas;
• incapacidade da União Europeia em avançar para uma maior coesão federalista.
São muitos os pecados do Ocidente!…
Há uma frente interna e outra frente externa a resolver.
Defender-nos, e às nossas Democracias, começa por termos de reconhecer e de emendar todos estes erros.
E, a seguir, uma vontade férrea de não abandonarmos a nossa Ética de Vida, empenhando-nos em não nos deixarmos derrotar.
Pelo que há que REFORMAR IMEDIATAMENTE as políticas comuns de cada país ocidental, seja no plano interno, seja no plano externo.
O "politicamente correcto" e o "diálogo" que conduziram a coisa nenhuma, as cedências constantes que só acarretaram debilidades continuadas, o aceitar gramar agressões internas e externas, nada disto melhorou as condições de vida no Ocidente.
Pelo contrário, colocou as nossas Democracias mais vulneráveis, entre os extremismos que pretendem destruir-nos, sejam o fascismo do comunismo e da extrema-direita, ou os outros radicalismos semelhantes, religiosos, económicos ou ambientalistas.
As Democracias ocidentais têm de decidir. Ou continuar a viver sob o Primado da Pessoa Humana e seus Direitos, Liberdades e Garantias Ou renderem-se.
Muitos não aceitaremos a rendição e a LUTA continuará gerações após gerações.
Mas se o Ocidente decidir continuar LIVRE, então chegou a hora de actuar com firmeza democrática.
Dentro dos nossos Países, e fora.