O líder parlamentar do PS focou a sua intervenção, na sessão comemorativa do 25 de novembro de 1975, no momento de instabilidade política na Região, pedindo ao povo que não tenha medo de substituir o PSD do poder.
Considerando que o PSD está “num precipício”, Paulo Cafôfo disse que “a vulnerabilidade do PSD não é a vulnerabilidade do nosso sistema político. O PSD sempre viu os seus interesses como os interesses da Madeira, como se da mesma coisa se tratasse. Mas não é. Mais do que o medo de perder eleições, têm medo de perder o poder na sociedade, temem a perda de poder nos negócios instalados. Quem não pode ter medo é o povo que, sem o poder do PSD, só terá a ganhar. O PSD tem medo de ser substituído, mas o povo não pode ter medo de o substituir”.
O socialista sublinhou que a alternativa política pode enriquecer a autonomia, considerando ainda que há partidos, como o Chega, que querem destruir a autonomia por dentro.
Antes, o líder do PS considerou que as datas do 25 de novembro e de 25 de abril não estão dissociadas, que foi o Partido socialista quem liderou a revolução dos cravos. Palavras ainda para o dia que se assinala hoje, contra a violência contra as mulheres, um flagelo que atinge de forma significativa a Madeira.
Mas, o momento na tribuna serviu também para Paulo Cafôfo voltar a criticar Miguel Albuquerque e Miguel Castro, pela crise na Região, reafirmando que a responsabilidade de aprovar o orçamento regional é dos partidos que viabilizaram o programa de governo. “Neste momento, Miguel Albuquerque e o PSD são um empecilho”, sustentando que o PS é a alternativa para elevar a Região.