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Artigo de Opinião

29/09/2021 08:01

Jean-Pierre Wimille nasceu na cidade de Paris em 1908, filho de um jornalista ligado ao desporto motorizado e dele ganhou a paixão pela velocidade e o odor a gasolina. Além da equipa Bugatti, e da Simca-Gordini a sua ligação à Alfa Romeo remonta à época de 1931-33 em que foi proprietário de dois 8C 2300 Monza - Os dois exemplares ainda existem.

Um deles na colecção Ralph Lauren e um outro, que correu em Portugal - e em particular na Ilha da Madeira, foi o exemplar que participou na "I Rampa dos Barreiros", organizada pelo Club Sports Madeira com o apoio do ACP, com a vinda de alguns dos principais pilotos nacionais, na época e, realizada num percurso desde junto à Avenida do Mar findando junto ao Estádio dos Barreiros - durante a década de 80, regressou à Europa, após largos anos no Brasil, onde foi vendido - ainda nos anos 30 - por o último dos dois pilotos portugueses que foram os seus sortudos proprietários. Wimille, exímio piloto, rápido e experiente. Desde que fizera equipa com o seu grande amigo Raymond Sommer do qual mantém sempre forte ligação e, mais tarde na "Ecurie Naphtra Course".

Wimille morre aos 40 anos. Cedo, como todos aqueles que ganham a imortalidade. Num acidente ao pilotar um Simca-Gordini - no circuito de Palermo, durante os treinos do GP na cidade argentina de Buenos Aires, a 28 de Janeiro de 1949 - e com o acordo da sua Alfa Corse, permitindo que corresse pela equipa do seu amigo Amadeo Gordini.

Na época era o piloto principal da equipa oficial da Alfa Romeo, secundado por Farina na armada dos Alfa Romeo "Alfetta" 158. O malogrado teria toda a chance de se tornar no ano seguinte no primeiro campeão do Mundo de Fórmula 1 pela Alfa Romeo. Foi o destino, ou o que se queira acreditar. Seria "Nino" Farina - tomado o seu lugar como piloto principal - a ganhar esse ceptro para a equipa do quadrifoglio verde em 1950 e, um ano depois repete o Juan Manuel Fangio, o piloto argentino que o próprio Wimille, dissera que um dia daria que falar ao vê-lo em acção nas provas argentinas em que participara. Mas nem esse facto impede de Jean-Pierre Wimille figurar na galeria dos mais notáveis pilotos de todos os tempos. Apesar de trajar em tons de azul, era um verdadeiro e rosso alfista.

OPINIÃO EM DESTAQUE
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